Em videoconferência com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), membros de sua equipe ministerial e líderes do Congresso Nacional, o governador do , Reinaldo Azambuja (PSDB) pediu para que o presidente sancionasse a lei de ajuda aos Estados, com veto à possibilidade de reajuste de salário de servidores públicos.

O governador disse que a maioria dos Estados é favorável ao veto do reajuste até 2021. A previsão consta no projeto de socorro aos Estados e municípios e é criticada pela equipe econômica do governo.

“Todos nós estamos dando uma cota de sacrifício, é um momento ímpar da história do nosso País. A maioria dos governadores entende a importância de vetar esse artigo (sobre reajuste de servidores)”, disse Azambuja, apelando para que a primeira parcela do seja paga ainda este mês.

“Nós pedimos que o senhor sancione esse projeto, porque ele é importante para manutenção das atividades dos entes federados… para poder socorrer, principalmente aqueles assuntos relacionados à Saúde”, disse Azambuja.

O governador afirmou que é “impossível” bancar o aumento para os servidores. Ele citou uma nota da equipe econômica que diz que, nos últimos três anos, houve um aumento médio de 3,9% nas despesas com pessoal nos Estados. “Acho que é quase impossível nós darmos qualquer aumento agora, porque precisamos cuidar da população como um todo.

“Se mantivermos a média dos últimos três anos, seria um aumento de 69 bilhões nas despesas dos Estados e de 62 bilhões nas despesas dos municípios em 2021

A videoconferência teve a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara, (DEM-RJ) e do presidente do Senado, David Alcolumbre (DEM-AP).

No final de sua fala, Reinaldo cobrou de Bolsonaro uma visita do presidente a Nioaque, no interior do Estado. “Vou esperar, o senhor me prometeu!”. Bolsonaro respondeu que só cumpriria a promessa caso o governador lhe fornecesse um “capacete de guaivira”.