A quatro meses do novo prazo previsto para as eleições em 1º turno, em 15 de novembro, a briga pela prefeitura de tem tomado conta de páginas e perfis nas redes sociais. Muitas, inclusive, criadas há poucas semanas mirando diretamente no eleitor campo-grandense.

Se por um lado elas se apresentam com o objetivo de apenas informar os cidadãos sobre o que ocorre na cidade, por outro trazem forte cunho político desde o nome, mostrando suas preferências e desafetos nas fotos de capa, de perfil e no direcionamento dos posts. A maior polarização é vista em torno do prefeito (PSD) e envolvendo críticos e defensores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do PSL.

Jornal Midiamax entrou em contato com várias das páginas que têm atuado na linha ideológica em referência à Capital sul-mato-grossense, mas apenas duas das mais antigas responderam. “Não temos intenção nenhuma de disputar eleições, só queremos mostrar a verdadeira realidade para algumas pessoas”, garantiu o administrador de uma delas.

Questionado sobre denúncias pendendo para o lado dos oponentes de seu partido, ele afirma que ‘vários outros vão entrar' e ‘uma coisa de cada vez'. Na Capital, o administrador diz ainda não ter preferência para a prefeitura e que segue defendendo somente Jair Bolsonaro.

Já o dono de outra página diz que os responsáveis são ‘militantes de rua' e que estão juntos desde o episódio do Fora Dilma – ocorrido em 2016 quando a então presidente do Brasil foi afastada do cargo após processo de , insuflado por manifestações populares. Ele preferiu, contudo, não responder sobre pretensões eleitorais em Campo Grande para 2020.

Até em grupos de venda

Diferente das páginas, perfis pessoais e até fakes têm levado o para dentro dos grupos do Facebook. Em espaços destinados a venda, várias são as restrições impostas por administradores para evitar discussões deslocadas das negociações.

Muitos dos posts são feitos como sendo de cidadãos desinteressados na política, mas basta observar a frequência com a qual os autores miram as mesmas pessoas públicas – normalmente pré-candidatos – para notar que eles atuam em verdadeiro ritmo de campanha eleitoral.