Com perícia apontando ônibus vencidos, debate sobre CPI do Consórcio volta à tona

Após laudo pericial apontar a existência de ônibus vencidos rodando no transporte coletivo de Campo Grande, o debate sobre a instauração de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra o Consórcio Guaicurus voltou à tona na Câmara Municipal. “Continuo somando esforços e me colocando a disposição para a abertura da CPI, pois através dela os parlamentares […]

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(Arquivo | Leonardo de França | Jornal Midiamax)
(Arquivo | Leonardo de França | Jornal Midiamax)

Após laudo pericial apontar a existência de ônibus vencidos rodando no transporte coletivo de Campo Grande, o debate sobre a instauração de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra o Consórcio Guaicurus voltou à tona na Câmara Municipal.

“Continuo somando esforços e me colocando a disposição para a abertura da CPI, pois através dela os parlamentares terão ferramentas para investigar a fundo a licitação, os contratos e as eventuais irregularidades cometidas”, defendeu o vereador André Salineiro (Avante) ao tomar conhecimento dos detalhes do documento.

“Tenho acompanhado a investigação do Vereador Vinicius [Siqueira, PSL]. A perícia constatou que 72 ônibus venceram ano passado e este ano outros 102 ônibus vencerão. Ou seja, se somarmos estes valores, seria necessário que 174 ônibus fossem trocados”, detalhou.

O vereador conta que desde que começou a receber denúncias de irregularidades no transporte coletivo, tem cobrado do Consórcio e da Agência de Regulação uma posição sobre o assunto. Ele lembra ainda que o pedido de abertura de CPI, no ano passado, não conseguiu a quantidade de assinaturas necessárias para levar o caso adiante.

Após divulgação do novo documento sobre o transporte coletivo, a vereadora Dharleng Campos (MDB) relembrou que esteve no MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para tratar da abertura de inquérito onde fosse apuradas irregularidades na concessão do transporte público.

Ela também destacou ter feito emendas na Lei do Transporte Público da cidade e aguarda os novos capítulos na discussão do transporte da Capital. “Fico no aguardo da apresentação desse documento, bem como o envio deste a comissão de Transporte e Trânsito da Câmara Municipal da qual faço parte”, afirmou.

O MPMS foi acionado sobre o conteúdo do laudo de engenharia de tráfego, que poderá embasar a abertura de ação civil pública, mas ainda não se manifestou sobre o assunto.

Laudo técnico

Após escapar de punição no ano passado por manter ônibus mais velhos que a idade máxima permitida pelo contrato de concessão do transporte coletivo em Campo Grande, o Consórcio Guaicurus continua descumprindo normas contratuais sobre a idade da frota. É o que comprova laudo pericial realizado pelo engenheiro e professor Daniel Anijar de Matos, mestre e doutor em Engenharia de Tráfego.

O estudo foi contratado e pago pelo gabinete do vereador Vinícius Siqueira (PSL) e já é de conhecimento do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul. Além disso, deve servir de base para ação civil pública, segundo o parlamentar.

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