Candidatos a prefeito distribuíram R$ 1 milhão do ‘fundão’ em Campo Grande, alvo de disputas internas
Ao menos seis concorrentes à prefeitura figuram como doadores de recursos do “fundão” eleitoral e do fundo partidário a outros candidatos.
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Na condição de doadores, candidatos a prefeito de Campo Grande nestas eleições já distribuíram R$ 1,029 milhão entre os concorrentes à Câmara de Vereadores de seus partidos, de acordo com a primeira parcial de prestação de contas divulgada pela Justiça Eleitoral. A maior parte do valor, R$ 995,7 mil, veio dos fundos eleitoral e partidário.
Os critérios para distribuição do dinheiro podem variar de legenda para legenda. Essa definição costuma ser alvo de disputas internas entre os nomes na corrida pelo Legislativo. Ontem (29), a candidata pelo PT Karla Cânepa foi à polícia após discussão com Pedro Kemp, que disputa a prefeitura, sobre o fatiamento da verba pelo partido.
Segundo dados da Justiça Eleitoral, Kemp reservou R$ 228,3 mil em recursos dos fundos eleitoral e partidário para distribuir entre 41 candidatos a vereador pelo PT. Professor Gilvano e Professor Francisco devem receber pelo menos R$ 8 mil cada. Já Ayrton Araújo, candidato à reeleição, deve ficar com o menor pedaço do bolo – R$ 3,6 mil.
Karla Cânepa, por outro lado, não está na lista de doações de Pedro Kemp.
Mais doações
Dagoberto Nogueira (PDT) é o candidato que mais doou: R$ 488,7 mil a 41 concorrentes à Câmara. Tudo oriundo do fundo eleitoral. Do total, R$ 40 mil foi destinado à Abelha, maior beneficiado pelo pedetista. Os candidatos Afonso Teixeira, Cida, Claudineia Carvalho e Maurício Viola foram os que menos receberam, com R$ 2,5 mil cada.
Marcio Fernandes distribuiu R$ 168 mil em dinheiro dos fundos eleitoral e partidário entre 20 candidatos. Wilson Sami, Paulo Rios, Dr. Loester e Elizeu Dionízio “morderam” a maior parte, com R$ 20 mil cada. Outros 11 nomes tiveram direito a R$ 3 mil cada, menor valor doado pelo emedebista.
Marcelo Miglioli (SD) reservou R$ 83,3 mil para 36 candidatos. O valor vem dos fundos eleitoral e partidário, além de R$ 2,3 mil em “outros recursos”. Sozinho, o postulante à reeleição Papy recebeu R$ 52,3 mil. Além dele, João Jacaré (R$ 20 mil) e João Bosco de Medeiros (R$ 12,3 mil) foram os únicos com doações distintas. Os demais 33 nomes ficaram com R$ 2,3 mil cada.
Marcelo Bluma (PV) doou R$ 27,4 mil do fundo eleitoral entre 16 concorrentes do partido. O principal beneficiado é Jurandir, candidato a prefeito de Caarapó, com R$ 4 mil. Outros 14 nomes indicados à Câmara Municipal receberam R$ 1,5 mil cada.
Já Vinicius Siqueira (PLS) repartiu R$ 2,3 mil do fundo eleitoral com dois candidatos a vereador da Capital – R$ 1,3 mil a Israel Corrêa e R$ 970 a Maurício Celestino.
Outros recursos
Os concorrentes à prefeitura Esacheu Nascimento (Progressistas) e Paulo Matos (PSC) também figuram como doadores, mas não envolveram recursos dos fundos públicos.
Esacheu reservou R$ 16,5 mil para 11 candidatos a vereador, com R$ 1,5 mil para cada.
Já Paulo Matos dividiu R$ 15,3 mil entre 27 concorrentes ao Legislativo de Campo Grande. Pr. Luciano, com R$ 900, recebeu a maior fatia. Outros seis candidatos ficaram com R$ 340 cada.
Os candidatos que não foram citados não figuram como doadores na Justiça Eleitoral.
Financiamento de campanhas
Os fundos eleitoral e partidário são as principais fontes de financiamento de campanhas no País. O primeiro, oficialmente batizado de FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha), foi criado em 2017, impulsionado pela proibição pelo STF (Supremo Tribunal Federal) das doações de empresas.
Os recursos que constituem o fundo eleitoral saem do orçamento da União. Este ano, R$ 2,034 bilhão foram reservados aos partidos. Com as maiores bancadas na Câmara dos Deputados, PT (R$ 201 milhões) e PSL (R$ 199 milhões) ficaram com a maior parte. Novo e PRTB abriram mão do que tinham direito.
Já o fundo partidário foi instituído em 1995 e serve para financiar, além de campanhas eleitorais, despesas de custeio das siglas. Formada por verbas do orçamento, multas eleitorais e doações aos partidos, a verba é distribuída anualmente. São R$ 959 milhões em 2020.
Notícias mais lidas agora
- Morto com tiro na cabeça em rodovia era suspeito de roubo de joias avaliadas em R$ 1 milhão
- Homem morre na Santa Casa após sofrer descarga elétrica durante conserto em Campo Grande
- Menino de 9 anos morre depois de ter bicicleta atingida por motorista em MS
- VÍDEO: Motorista do Consórcio Guaicurus é flagrado usando celular enquanto transportava passageiros
Últimas Notícias
Fazenda em MT gera disputa entre advogado e vereador de Campo Grande
Propriedade está no nome do pai do parlamentar, que faleceu em 2021 por complicações da Covid
Conselho de Arquitetura e Urbanismo lança quarta edição de concurso de TCC
Inscrições serão abertas no dia 1.º. Premiações são notebook, cadeira, monitor e trena laser
Max Verstappen conquista tetracampeonato de Fórmula 1
A estrela da Fórmula 1 Max Verstappen comemora sua quarta vitória no Campeonato Mundial de Pilotos
Justiça penhora contas bancárias de Simony por dívida com personal shopper
Dívida foi contraída há 11 anos atrás, no valor de R$ 6,1 mil
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.