Faltando menos de dois dias para assumir a administração do segundo maior munícipio de Mato Grosso do Sul, o prefeito eleito de , (Progressista) mostrou nesta quarta-feira (30) os primeiros números da situação que vai encontrar a partir do 1º de janeiro. Além do caos nos sistemas de saúde, educação e infraestrutura, irá herdar uma dívida de R$ 179,6 milhões.

No topo da lista de endividamento está a (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), que totaliza R$ 34,5 milhões. Além disso, o restante dos débitos está relacionado ao Previd (Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Dourados), com mais de 24 milhões. Há também uma dívida contratual com o ( de Dourados) que passa de R$ 10 milhões.

Nesse montante de dívida levantando pela comissão de coordenada pelo professor universitário Henrique Sartori, composta ainda, por Paulo César Nunes da Silva e Raphael Matos,   não está inserida a folha de pagamento dos servidores municipais que corresponde a mais de R$ 30 milhões. “Pelas informações que levantamos, hoje nós não temos recursos em caixa para pagar todos servidores municipais”, disse o prefeito eleito.

Durante a apresentação do relatório de transição que foi aberto à imprensa e contou com a presença de 15 dos 19 vereadores eleitos em Dourados, Alan Guedes ressaltou que “as informações levantadas fazem parte de um processo de transição e não significa em nenhum momento uma auditoria nas contas do município”.

“Esses números que conseguimos apurar com esforço e eficiência servirão para orientar os nossos passos durante os primeiros 100 dias da nossa administração. Identificamos os problemas, que não são poucos, mas também já estamos trabalhando em busca das soluções e do que precisamos fazer para cumprir com as nossas responsabilidades”, disse o prefeito eleito.

Alan vai herdar quase R$ 180 milhões de dívidas, aponta relatório de transição em Dourados
“Isso não não uma auditoria”, disse o prefeito eleito.

Pontos de atenção

Durante a apresentação do relatório da comissão de transição, o professor Sartori falou do desafio de construir um documento que servirá também de parâmetros para nortear a administração que começa na próxima sexta-feira (1). “É um documento de 374 páginas onde procuramos fazer um diagnóstico diante do que nos foi fornecido de informações e onde também apontamos as ações que precisarão ser feitas”, explica o coordenador.

No relatório divulgado pela futura administração foram elencados 168 pontos de atenção em relação ao município. Cada um deles recebeu uma classificação que podem provocar impactos graves, médios e  leves. “Desses pontos elencados, 103 considerados graves. Isso significa que diante desses problemas teremos que dedicar mais esforços”, comentou o professor.

Entre os pontos observados durante as 21 reuniões realizadas pela comissão de transição em apenas três semanas e, que resultaram na digitalização de mais de 8 mil documentos oficiais, estão ações consideradas prioritárias pelo prefeito eleito. “Vamos trabalhar inicialmente em três frentes: combate à pandemia, limpeza da cidade e início das aulas”, afirmou o prefeito eleito, ressaltando que essas três áreas precisam de atenção imediata.

“Estamos diante do maior desafio das nossas vidas. Vai ser tão importante como a minha própria vida. Vamos fazer política por que somos políticos, mas vamos cuidar da cidade com com todo o nosso esforço e capacidade porque ela precisa”, concluiu o prefeito eleito.