A Defensoria Pública de entrou com ação na Justiça pedindo a determinação de em por, no mínimo, 14 dias. Atualmente, a Capital vive sob decreto que flexibiliza atividades consideradas não essenciais, ao passo que os casos confirmados de coronavírus e mortes provocadas pela doença avançam exponencialmente a cada dia.

Nos argumentos, a Defensoria afirma “ser notório” que as medidas restritivas adotadas na segunda quinzena de março foram fundamentais para conter o vírus. “Todavia, esse cenário inicial – confortável, se comparado ao que estava sendo vivenciado em outras capitais e cidades país afora no mesmo período – levou o município de Campo Grande a adotar uma política de flexibilização cada vez maior”.

Em 20 de maio até 15 de junho, houve aumento de 360% nos casos confirmados de , informa a petição. Para o órgão que pede á Justiça, o aumento ‘avassalador’ tem ‘inequívoca relação’ com as medidas flexíveis.

Ao Jornal Midiamax, o prefeito de Campo Grande, , disse permanecer contrário à necessidade de fechamento total e disse que se reunirá com o secretário de Saúde, José Mauro Filho, para detalhar os motivos que justificam, para o município, a necessidade de continuar com o atual decreto – que flexibiliza funcionamento de praticamente todas as atividades.

Em um mês, cita a ação, Campo Grande passou de 724 pessoas confirmadas para 5.181. “Esse aumento de 715% demonstra haver erro na condução do enfrentamento à doença em Campo Grande”. Ao invés de aumentar a restrição, o município editou decretos como o ‘mini lockdown’ (fechamento aos fins de semana). “É pouco, pouquíssimo diante da gravidade da situação”, completa a Defensoria.

Ainda na ação, a Defensoria Pública cita a taxa de isolamento em Campo Grande, que quase sempre coloca a Capital como uma das piores capitais no Brasil em respeito às medidas. Foram somente 36,6%. Além disso, a instituição cita basicamente tudo que já foi dito por autoridades de saúde.

Há pessoas com a doença que permanecem assintomáticas, enquanto outras exigem internação em leitos de (Unidade de Terapia Intensiva), o que faz com que o sistema fique sobrecarregado. Neste terça-feira (4), por exemplo, o HRMS (Hospital Regional de ), referência para tratamento de Covid-19 em MS, tem 98% de taxa de ocupação.