Vereadores do PDT ignoram orientação do partido e se negam a assinar CPI dos Ônibus

“Eu sou vereador e eu mando no meu mandato”, afirmou o vereador Ademir Santana (PDT) nesta quinta-feira (4) sobre a orientação da presidência municipal do partido para que os parlamentares assinassem o requerimento para abertura da CPI (Comissão Processante de Inquérito) dos Ônibus em Campo Grande. Na semana passada, o vereador Vinícius Siqueira (DEM) usou […]

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Partido acusa vereadores de descumprirem orientação. Odilon Júnior e Ademir Santana (Foto: Minamar Júnior | Jornal Midiamax)
Partido acusa vereadores de descumprirem orientação. Odilon Júnior e Ademir Santana (Foto: Minamar Júnior | Jornal Midiamax)

“Eu sou vereador e eu mando no meu mandato”, afirmou o vereador Ademir Santana (PDT) nesta quinta-feira (4) sobre a orientação da presidência municipal do partido para que os parlamentares assinassem o requerimento para abertura da CPI (Comissão Processante de Inquérito) dos Ônibus em Campo Grande.

Na semana passada, o vereador Vinícius Siqueira (DEM) usou a tribuna para apontar aos membros da Câmara que já havia ao menos um fato determinado para instauração, citando o capítulo 5 do Termo de Referência, “cláusula n. 5.1 – em hipótese alguma poderá haver a guarda de veículos em vias públicas“. O fato foi apontado pelo Jornal Midiamax em reportagem, incluindo a confirmação da suposta irregularidade pelo diretor do Consórcio Guaicurus, o empresário João Rezende Filho.

“Isso aí é politicagem. Por que o ônibus tem que ficar na garagem? Não é mais fácil em uma emergência que ele fique perto do terminal?”, declarou Ademir Santana. Questionado pela reportagem se concordava com o descumprimento do contrato que determina que os ônibus fiquem guardados na garagem, o vereador negou a irregularidade. “Não, não é ilegal. É uma questão de bom senso”.

Também do PDT, Odilon de Oliveira desconversou sobre a orientação do partido. “Não acredito que terá assinaturas necessárias. Se o vereador [Vinícius Siqueira] já apontou o fato determinado, para que a CPI?”, questionou.

Ao ser perguntado sobre a função dos vereadores, de fiscalização e também apuração dos fatos, Oliveira foi enfático. “Não se quebra sigilo fiscal e bancário com facilidade. E pela minha experiência, não quebra sigilo nenhum”, disse o vereador que está no seu primeiro mandato.

‘Então vamos intensificar’

O Consórcio Guaicurus atribuiu a má conservação das vias públicas à falta de fiscalização, inclusive dos vereadores, e a relacionou aos atrasos e lentidões dos ônibus, maiores reclamações dos usuários do transporte coletivo da Capital.

Irritado com a crítica do diretor do Consórcio, Odilon de Oliveira rebateu. “A Prefeitura inclusive tem a prática de asfaltar primeiro as linhas de ônibus. Não entendo a razão dessa crítica sobre a fiscalização. Está sendo omissa? Então vamos intensificá-la e ver o resultado”, desafiou.

Ademir Santana apontou o vandalismo da própria população como causa da má conservação dos terminais. “Nós pegamos a cidade com não sei quantos mil buracos e hoje a realidade é outra. O Consórcio errou no que está falando. Estamos inclusive com abaixo-assinado nos terminais e realmente eles não são aquilo que o povo merece, mas… Temos muitos vândalos na cidade. Não só nos terminais, mas prédios públicos. As pessoas vão lá e quebram tudo. Falta realmente a população cuidar dos prédios”, opinou.

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