A vereadora Dharleng Campos (PP) reclamou nesta terça-feira (19) na Câmara de Campo Grande sobre os atrasos de ônibus do transporte coletivo da cidade, cuja concessão do serviço é administrada pelo Consórcio Guaicurus. “Estou chateada com o que aconteceu com as mulheres e a população merece respeito. Os atrasos estão passando de todos os limites”.

A parlamentar destacou que patrão nenhum aceita atraso, por isso a reclamação da população é legítima e ‘quando se manifesta, precisa ser respeitada’.

Betinho (Republicanos) disse respeitar a Guarda Municipal, mas acredita que os excessos precisam ser avaliados.

Projeto

Em manifesto, o vereador Vinícius Siqueira (DEM) apresentou projeto solicitando a mudança do nome do Terminal Guaicurus para ‘Marquinhos Guaicurus’. Apesar da manifestação não ter acontecido naquele terminal, mas um no Morenão, o parlamentar disse que era para fazer um trocadilho com o Consórcio Guaicurus que, segundo o vereador, é quem manda na concessão do transporte público por conta dos excessos cometidos contra a população.

Nesta terça, a Jarit (Junta Administrativa de Recursos de Infrações no Transporte) divulgou ter acatado recursos do Consórcio Guaicurus e anulou 12 multas aplicadas em 2015. Entre elas, nove tiveram o julgamento anulado por falta de fundamentação e voltam à ‘estaca zero’. Outras 3 multas foram anuladas porque o auto de infração não cumpriu com requisito exigido por lei.

As multas foram anuladas por que o auto não cumpriu com um artigo da lei municipal, que determina que o fiscal de transporte e trânsito ou autoridade policial deve apresentar os elementos necessários para a identificação do infrator e do veículo, assim como o dispositivo legal infringido. Caso o infrator não assine o auto, ele deve ter instruído com a assinatura de duas testemunhas.

Manifestação

Usuários do transporte coletivo de Campo Grande se mobilizaram para realizarem uma manifestação contra o Consórcio Guaicurus na Câmara Municipal. De acordo com evento divulgado nas redes sociais, a mobilização visa protestar contra o ‘consórcio do descaso’.

O evento está marcado para 9h e avisa que apenas uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) pode quebrar o sigilo fiscal das empresas para conferir se elas rodam aquilo que alegam. Segundo o evento do Facebook, seria possível pedir a redução da tarifa caso confirmado que o valor alegado não é o usado pelo Consórcio