A senadora Simone Tebet (MDB) preferiu não comentar o fato de ser um dos nomes cotados para assumir o Ministério da Integração Nacional. Por meio de sua assessoria, a parlamentar disse que a aprovação da recriação da pasta ainda precisa de aprovação na Câmara e no Senado.

O nome da senadora, que é presidente da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado, ganhou notoriedade no Palácio do Planalto depois que ela abdicou de sua candidatura à presidência da Casa em nome de Davi Alcolumbre (DEM-AP), que acabou se elegendo.

Após esse ato a senadora ganhou aliados no Senado e também no DEM, partido que está na base do Governo Federal. A indicação para ocupar a Integração e o Ministério das Cidades, recriados nesta semana com a extinção do Ministério do Desenvolvimento Regional, ficaria a cargo de Alcolumbre e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Porém, em contato com a assessoria da parlamentar, a reportagem do Jornal Midiamax foi informada de que a senadora não se manifestaria sobre o interesse porque a pasta ainda não foi efetivamente criada.

“Ainda é preciso aguardar a aprovação final da MP [Medida Provisória] 870 que, entre outras coisas, recria o Ministério da Integração Nacional. Esta MP foi aprovada hoje na comissão especial de deputados e senadores. Porém, o texto ainda poderá ser alterado nos plenários do Senado e da Câmara. A votação na Câmara pode ocorrer na próxima semana, mas há outras MPs na pauta aguardando votação”, afirmou, por meio da assessoria, que completou dizendo que a senadora só se manifestará após a tramitação nas duas Casas.

Bastidores

Desde que o governo sinalizou a preferência por nomes do MDB, ambos teriam sido procurados por diversos parlamentares, deixando a disputa acirrada. Nos bastidores, há uma ala da sigla que articula a indicação de Simone Tebet.

Porem, outra ala do partido quer emplacar o senador Fernando Bezerra Coelho (PE), que já ocupou a pasta no primeiro mandato de Dilma Roussef (PT), de 2011 a 2013, e é relator da medida provisória sobre a reforma administrativa.

Outro nome ventilado dentro da sigla é o de Romero Jucá (RO). Ele tem negado interesse na vaga, mas teria objetivo de obter foro privilegiado, já que é um dos alvos da Operação Lava Jato.

Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou, no entanto, que o governo quer manter o atual ministro do Desenvolvimento, Gustavo Canuto (sem partido), na tentativa de evitar maiores desgastes. (Com Maisse Cunha)