O ex-presidente do em Mato Grosso do Sul, Claudio Sertão, negou que tenha sido tirado do cargo pela Executiva do partido e que, ao contrário do que diz o atual chefe da sigla, ele cedeu o cargo para que Sérgio Murilo Mota assumisse o comando, a pedido da deputada federal ().

A situação estourou após críticas a Sérgio serem publicadas na página do Podemos estadual no Facebook, pedindo ajuda da Nacional da legenda para conter o avanço do novo presidente, que estaria trabalhando em interesse próprio apenas.

“Ele não valoriza ninguém, se acha acima de todos. Não posso deixar um cara chegar e chutar tudo o que construímos nesses 12 anos”, frisa Sertão, afirmando que saiu da presidência após conversas com Rose, que é amiga da presidente nacional do Podemos, a também deputada federal Renata Abreu, de São Paulo (SP).

Sertão explica que, inicialmente, o grupo político ligado ao juiz aposentado Odilon de Oliveira foi à São Paulo tentar assumir o comando do partido, abrindo conversas com Renata. Contudo, ele acabou sugerindo à presidente o nome de Rose, que na época estaria descontente com o PSDB e poderia acertar uma troca de sigla.

“Negociei com a Rose para ela ir ao Podemos e no apagar das luzes apareceu o Sergio Murilo. Falei com ele uma vez só, foi ela quem indicou ele para ser presidente. Por isso eu fiz um carta pedindo nova diretoria. Eu era o vice dele, mas não concordo com o atual presidente, que vai na contramão de tudo o que construímos”, diz Sertão.

Presidente do Podemos confirma, mas deputada do MS nega participação

A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, que confirmou a participação de Sertão em toda a negociação para formar uma nova diretoria, sendo ele quem conduziu toda a situação.

“Nós estávamos conversando com o Odilon, mas o Claudio sugeriu a Rose, e como ela é minha amiga de Congresso, sentei com ela. Ele fez o convite, achei ótimo e ficou nisso. Foi ele quem articulou, foi o próprio Sertão”, frisa Renata.

Já em contato com Rose Modesto, a deputada afirma que, ao invés de uma indicação política após negociação para troca de partido, ela apenas atendeu a um pedido de Sertão e sugeriu o nome de Sérgio Murilo para o comando do Podemos.

“É até ruim falar disso por que não estou participando disso. Foi apenas uma sugestão e o partido aceitou, depois acabou que não tem muita afinidade os dois, mas eu tenho respeito pelos dois. Mas é difícil falar de um partido que não estou. Não posso entrar em uma coisa que não faço parte”, destaca a deputada, que segue no PSDB.