Com o objetivo de fomentar a economia por meio da exportação, os senadores sul-mato-grossenses Simone Tebet (MDB) e (PSD) são defensores de que a seja concluída. Em agendas diferentes, os parlamentares trataram sobre o assunto.

Em reunião com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e técnicos do ministério, nesta quarta-feira (29), a senadora Simone Tebet destacou vantagens da abertura da rota para as exportações brasileiras, especialmente para Mato Grosso do Sul.

“Não há dificuldade, a ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta está sendo custeada pela Itaipu Binacional. A rota vai trazer um desenvolvimento estratégico/regional para o Brasil muito grande, beneficiando o agronegócio. É importante que o Ministério e o Governo Federal priorizem isso”, declarou a parlamentar.

Já o senador Nelsinho Trad cumpre agenda nesta quinta-feira (30) e sexta-feira (31) em Montevidéu, no Uruguai, onde participa de reunião do Parlamento do . Por meio de sua assessoria, o parlamentar afirmou que irá “defender o corredor rodoviário bioceânico”.

“Quando concluído, essa rota reduzirá o trajeto para o continente asiático em quase oito mil quilômetros, e vai constituir uma plataforma de integração das cadeias produtivas, do turismo e do desenvolvimento geral da região abrangida”, declarou Nelsinho.

O encontro reunirá representantes do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela e o senador participará na condição de presidente da CRE (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional) do Senado Federal.

Rota Bioceânica

O projeto da Rota Bioceânica prevê que, quando pronto, o percurso terá cerca de 8 mil km a menos para o transporte de produtos brasileiros para o mercado asiático, maior comprador de Mato Grosso do Sul, o que deve reduzir em 14 dias a chegada de cargas a China.

No Estado ficará umas das pontes entre o Paraguai e o Brasil, que dá início às obras para o percurso. O local escolhido para construir a ponte fica a pouco mais 10 km à direita da cidade de Porto Murtinho, subindo o rio. Para tanto será preciso implantar um trecho de 11 km de asfalto costeando o rio, a partir da BR-267.

No lado paraguaio serão mais 4 km até a área urbana de Carmelo Peralta. A obra terá como parâmetro a ponte estaiada construída sobre o rio Paranaíba e que liga a cidade de Paranaíba a Porto Alencastro (MG). O investimento estimado é de US$ 75 bilhões, custeado pela Itaipu Binacional e pelo governo do Paraguai.

A extensão total da ponte terá 680 metros, de uma barranca a outra do rio, 12 metros de largura com mais uma passarela lateral para pedestre. A previsão do Governo do Estado é de que a ponte seja inaugurada até agosto de 2023.

Uma outra ponte semelhante será construída entre Foz do Iguaçu (PR) e a cidade paraguaia de Ciudad del Este. O investimento desta obra será custeado pelo Governo Federal.