Que a saúde de se encontra em caos com falta de insumos básicos e estruturais já era de conhecimento da população. Mas nesta segunda-feira (14) a secretária Berenice Machado de Souza revelou que o município vem recebendo os repasses do governo estadual de forma atrasada e com isso agravando a situação para cuidar do setor que engloba mais de 30 cidades da região.

Por meio da assessoria de imprensa da prefeitura, Berenice disse que Dourados não tem como bancar o nas atuais condições. “Os repasses de recursos do Governo do Estado são feitos sempre atrasados. Em setembro recebemos o dinheiro de julho e os repasses de agosto e setembro não existe previsão de acontecer”, revelou.

A secretária municipal ainda alfinetou o secretário estadual, Geraldo Resende, que, segundo ela, vem divulgando os repasses em dia. “Isso não é verdade”, afirmou.

O HV atende mais de 30 municípios da região e do e, de acordo com a secretária “não tem estrutura para cuidar dos pacientes dos municípios da região e não dá para ficar sempre pedindo esmolas para o Governo do Estado”. Ela ainda defende a devolução da “gestão plena” repassando a responsabilidade para o Governo do Estado.

Resende rebate

O jornal Midiamax procurou o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, que confirmou os atrasos dos meses de agosto e setembro, mas que deverão ser pagos ainda nesta semana.

“Dourados é um município que estamos tendo muito cuidado na medida que precisamos ajudar em sua gestão. Foi até um pedido meu para que o Estado mantenha regularidade nestes repasses. Estamos com pagamento em dia até julho onde já foram repassados R$ 25 milhões e deveremos fazer de agosto nesta semana”, disse relatando que o atraso soma R$ 1,5 milhão, sendo a maior parte para o Hospital da Vida. Ele também disse que este atraso não é motivo para a crise na saúde municipal e nem justificativa para a mesma.

Sobre a possibilidade de devolução da gestão plena por parte do município, Geraldo diz acreditar que Délia não concorde com essa situação e que seria um retrocesso se acontecesse.

“Nenhum gestor municipal vai fazer isso. Não passa pela minha cabeça e acredito que não passe pela cabeça da Délia essa inversão do sistema. Dourados precisa avançar cada vez mais e buscar soluções para conter essa crise e não vai ser dessa forma que isto será resolvido”, continuou revelando que na sexta-feira estará com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em Dourados para uma agenda com a prefeitura e que novidades deverão ser anunciadas.

“Deveremos solicitar o mesmo tipo de convênio que foi feito em Campo Grande com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para ajudar a gestão da saúde, vamos solicitar soluções dos exames para a região, mostrar os hospitais que estão sendo construídos em parceria com a União que são o Regional e da Mulher e demais demandas que vão ajudar o município”, finalizou.