
Em mais uma rodada de conversas entre sindicalistas e a SAD (Secretaria de Administração e Desburocratização), servidores manifestam contrariedade em relação ao PDV (Plano de Demissão Voluntária) proposto pelo Governo do Estado e também à mudança da carga horária do servidor, que passará de 6h para 8 horas diárias.
Nesta terça-feira (12), assim como ocorreu ontem, direção de sindicatos se reúnem com o secretário Roberto Hashioka para ouvir detalhes das propostas e também debater o que será apresentado pelo Governo.
Presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira afirmou que o anúncio sobre as novas medidas do Governo já foi feito e que o sindicato não poderia impedir as propostas.
Em relação ao Plano de Demissão Voluntária, Jaime diz que a Fetems tem orientado os trabalhadores em não aderir ao plano. O sindicalista relembrou que quando a proposta foi colocada em prática nos anos 90, a grande maioria dos servidores que aderiram “se deram mal”.
“O ruim é que a pessoa abre mão da aposentadoria e as pessoas se iludem com o valor. Acham que vão virar empresários, mas em seis meses gastam tudo. É ilusão achar que essa indenização vai fazer dele um empreendedor”, dispara Jaime.
Em relação à mudança na carga horária do servidor, prevista para entrar em vigor no dia 15 de abril, a Fetems também se posiciona contrária. A federação afirma que em caso de trabalhadores da limpeza, que cumprem 6 horas, um aumento de jornada faria com que os servidores ficassem em horário de almoço no momento da troca de turno das escolas, o que ocasionaria sujeira nas unidades.
As críticas também são compartilhadas pelas direções dos sindicatos Sinder, de servidores da Agesul e o Sinfae, o sindicato dos administrativos da Educação.
Policiais civis
Presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Giancarlo Miranda afirma que a mudança na carga horária dos servidores será impacto para quem trabalha nos setores administrativos e de perícia da corporação. “Nós pedimos ao Governo para que se mantenha como está, e acreditamos que será mantido”, disse.
Em relação ao PDV, o sindicalista acredita que se houver adesão de policiais, a situação representará “falência na segurança do Estado”.