Reunidos na SAD, sindicatos dizem entender que concursos foram para jornada de 8 horas
O governo do Estado se reúne nesta segunda-feira (11) com três categorias sindicais na SAD (Secretaria Estadual de Administração) com o secretário Roberto Hashioka para discutir as propostas de retorno das 8 horas diárias de trabalho para as categorias que hoje cumprem 6 horas e o PDV (Plano de Demissão Voluntária). Estão presentes Lílian Fernandes, […]
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O governo do Estado se reúne nesta segunda-feira (11) com três categorias sindicais na SAD (Secretaria Estadual de Administração) com o secretário Roberto Hashioka para discutir as propostas de retorno das 8 horas diárias de trabalho para as categorias que hoje cumprem 6 horas e o PDV (Plano de Demissão Voluntária).
Estão presentes Lílian Fernandes, do Sindsad (Sindicato dos Trabalhadores e Servidores da Administração do Estado de Mato Grosso do Sul), Rafik Ibrahim, do Sindifisco (Sindicato dos Auditores Estaduais) e Francisco Carlos de Assis, do Sindifiscal (Sindicato dos Fiscais Estaduais) em reunião que ocorrerá a portas fechadas.
Para a maior categoria representada na reunião, do Sindsad, com cerca de seis mil servidores, a ideia é dialogar. “Quando o decreto foi instituído, em 2004, muitos servidores adequaram suas vidas a essa nova realidade. Se aumenta de novo para oito horas, mesmo assim, quem mora nas Moreninhas, leva mais que duas horas para almoçar e voltar. Faltam ônibus no Parque dos Poderes. Nós sabemos que o concurso é para oito horas, só queremos dialogar, ver qual é essa proposta e discutir a melhor alternativa”, disse.
Rafik afirmou que são 205 auditores na ativa e que, para eles, não será um problema o retorno da carga horária. “O concurso foi realizado para que se cumprisse uma jornada de oito horas. Se volta a ser o que o servidor já sabia que ia fazer ao passar no concurso, não tem problema nenhum. Não terá nenhuma resistência na nossa categoria”, acredita.
Sobre o PDV, Rafik acredita que nenhum auditor deverá aderir. “Não existem muitos auditores no Estado e acredito que ninguém vá querer se aposentar agora”, resumiu.
Para Francisco, que representa cerca de 1,2 mil servidores ativos e inativos, deve haver diálogo. “Quando propôs em 2004 a redução, o governo havia dito que era para diminuição do custeio. Nós só queremos saber como aumentar novamente a carga horária também terá o mesmo efeito. Espero que exista diálogo porque alguns servidores da nossa categoria já adaptaram suas vidas em um trabalho de seis horas”, disse.
Projetos
De acordo com a assessoria da gestão de Reinaldo Azambuja, a restituição da jornada normal de trabalho de 40 horas semanais, evitaria gastos desnecessários com concursos e contratações e igualando à carga dos demais trabalhadores brasileiros.
Números divulgados pelo governo estadual mostram que pelo menos 32,5% dos servidores ativos devem ser atingidos pelo aumento de jornada, reduzida para seis horas semanais ainda em 2004.
O governo espera que a medida represente, na prática, melhora na prestação de serviços públicos à população, e alega que esse acréscimo de duas horas diárias de trabalho equivale à contratação de quatro mil funcionários, mas sem resultar em um aumento significativo de gastos.
Já a proposta de PDV se soma a outras medidas, como renegociação da dívida do Estado, definição de teto de gastas, reforma administrativa e da previdência, a fim de manter saúde financeira de Mato Grosso do Sul.
As reuniões com sindicatos estão marcadas para esta segunda-feira e para terça-feira (12). Na segunda, o encontro está marcado para sede da SAD (Secretaria de Estado de Administração). Após esta etapa, o projeto será enviado para apreciação dos 24 deputados estaduais.
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