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Política

Quem é o deputado de Bolsonaro em MS que lutou décadas contra o horário de verão?

Pouca gente deve ter comemorado mais o decreto do presidente acabando com o horário de verão que um médico de Mato Grosso do Sul eleito deputado federal pelo partido de Jair Bolsonaro. Luís Ovando (PSL-MS) passou as últimas duas décadas lutando contra o polêmico horário que ‘rouba’ aquela preciosa hora de sono nos meses de […]
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Pouca gente deve ter comemorado mais o decreto do presidente acabando com o que um médico de Mato Grosso do Sul eleito deputado federal pelo partido de Jair Bolsonaro. Luís Ovando (PSL-MS) passou as últimas duas décadas lutando contra o polêmico horário que ‘rouba’ aquela preciosa hora de sono nos meses de outubro a fevereiro em alguns estados brasileiros.

Ao assinar o decreto na quinta-feira (26), Bolsonaro destacou que ouviu “gente da saúde”, que apontaram como o adiantamento dos relógios em uma hora afetaria o “relógio biológico das pessoas”. é um deles.

Correligionário do presidente, o parlamentar chegou a apresentar um projeto de lei para extinguir o horário especial, mas “extremamente satisfeito” com o decreto, até cogita recuar e pedir a retirada de tramitação na Câmara dos Deputados.

“Há duas décadas eu brigo para acabar com esse horário de verão. Ontem, no Planalto, percebemos que o presidente também não é simpático a ele, mas ainda vamos avaliar se vamos dar continuidade ou se vamos tirar de pauta”, adianta.

Ovando, no entanto, afirma que se sentiria mais seguro se a extinção for determinada por força de lei, já que o decreto pode ser revogado pelos sucessores de Bolsonaro. “É uma decisão política, mas oportunamente, quando me encontrar com o presidente, vou colocar isso para ele e sondar o posicionamento dele”, disse.

Mas, afinal, por que o deputado é contra?

Cardiologista, Luiz Ovando faz questão de esclarecer porque o horário de verão lhe causa tanta antipatia. O adiantamento dos relógios, afirma, causaria inúmeros prejuízos à saúde humana que não podem ser ignorados em detrimento de suposta economia, segundo ele, seria desnecessária pelo avanço tecnológico.

“Hoje a economia não é mais imperativa, não é que você vai gastar mais, mas é que não tem economia dentro do que se evoluiu em termos tecnológico. Aí você tem que pesar o lado biológico, que é a privação do sono, dormir tarde e acordar cedo ainda no escuto, esse é o problema”, destaca.

A privação de sono pela qual o organismo é submetido anualmente, segundo o parlamentar, causa uma situação de adaptação e de estresse que aumentam alguns índices cuja estabilidade seria primordial ao equilíbrio da saúde humana.

“Adaptação a situação de estresse faz aumentarem índices de adrenalina, noradrenalida e isso não é bom quando persiste. Então, há descompensação de pressão, de diabetes, colesterol e triglicérides e aumenta a coagulação sanguínea. Tudo piora por que é uma fase transitória de enfrentar a adversidade”, pontua.

Desta forma, justifica, a manutenção do horário de verão, agora descartada por Bolsonaro, seria extremamente prejudicial à saúde, sem contar com questões ligadas à segurança pública. “Pessoas que moram nas periferias tem que levantar no escuro, sair, enfim, e o governo não oferece segurança. Por tudo isso, esperamos que ele não volte tão cedo. Mas caso a gente passe por uma situação de adversidade, claro que aí você tem que reconsiderar e reavaliar essa situação”, finaliza.

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