Após ser gravado dizendo que implodiria o presidente da república, o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir  (GO), disse que a tensão entre os dois já passou. Em declaração feita na quinta-feira (17), o parlamentar comparou os líderes do partido com mulheres que voltam para um relacionamento abusivo.

“Isso já passou. Nós somos Bolsonaro. Somos que nem mulher traída, apanha, mas mesmo assim volta ao aconchego”, afirmou Waldir.

A reunião do grupo de apoio ao presidente do partido, Luciano Bivar, aconteceu na quarta-feira (16). Dentre as declarações, o Delegado Waldir disse que possui uma gravação de Jair Bolsonaro com o poder de implodi-lo. “Vou fazer o seguinte, eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele, eu tenho a gravação. Não tem conversa, eu implodo o presidente, e acabou, cara”.

O parlamentar ainda desabafou sobre seu apoio ao presidente da república. “Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Eu votei, andei no sol 246 cidades, no sol gritando o nome desse vagabundo”, disse.

Quando questionado sobre as falas exaltadas, Waldir justificou como um momento de expressão, já que sentia certa ingratidão nas últimas declarações de Bolsonaro. “Não só comigo, com dezenas de parlamentares, com o presidente Luciano Bivar”, comentou.

Após almoço com a bancada PSL, que contou com a presença de Bivar, o Delegado Waldir afirmou que irá trabalhar para unificar o grupo, e se necessário irão utilizar punições. “Existe o da Câmara e do partido, existem várias normas e dentro desse regramento com certeza nós iremos representar contra quem cometeu excessos”, explicou.