O procurador federal Blal Dalloul ficou em terceiro na eleição que formou a lista tríplice da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) com indicações para ocupar o cargo de procurador-geral da República, que atualmente está nas mãos de Raquel Dodge. Dalloul foi procurador-chefe em Mato Grosso do Sul por 11 anos.
Ao todo, 946 membros da ANPR participaram do pleito. Blal recebeu 422 votos, um a menos que Luiza Frischeisen. Já o mais votado foi Mário Bonsaglia, escolhido por 478 procuradores. A associação enviará a lista para aprovação do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Porém, ele não é obrigado a escolher alguém dela.
No Mato Grosso do Sul, Dalloul autou no MPF (Ministério Público Federal) de março de 1997 a dezembro de 2010, ocupando o cargo de procurador-chefe entre 1997 e 2003, e de 2005 a 2010. Sua passagem no cargo foi marcado por trabalhos relativos à prisão de criminosos de grandes facções, além de ser procurador eleitoral entre 2003 e 2005.
Em recente entrevista ao blog O Antagonista, afirmou que é importante que Bolsonaro escolha alguém da lista tríplice como demonstração de estabilidade no MPF, além de representatividade, já que os nomes foram escolhidos pelos próprios procuradores. Além dos três da lista, outros sete procuradores participaram do pleito.
O mais votado da lista tríplice é o escolhido pelo presidente desde 2003, sendo que Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 2001, primeiro ano da criação da lista, escolheu alguém de fora dela. Para 2019, existe a possibilidade de Bolsonaro repetir o ato.
