O presidente da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), Paulo Corrêa (PSDB), criticou a proposta da (Agência Nacional de Energia Elétrica) de começar a cobrar do consumidor, gerada por uso de painéis solares e considerou um absurdo a possibilidade da cobrança.

À Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Corrêa informou ser um absurdo a possibilidade da cobrança e acredita que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não vá deixar isso acontecer. “Isso é uma cortina de fumaça que inventaram para desviar o foco”, afirmou.

Segundo Corrêa, é necessário o debate pelo setor empresarial, apoiado por políticos, pois isso pode impactar de maneira negativa a economia no Brasil. “Já estou em contato com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e com o senador para tratar desse assunto e, nesse sentido, puxar a discussão. O deputado federal Beto Pereira já me ligou. Todas as lideranças estão se mobilizando e iremos fazer a nossa parte para impedir que isso se concretize”, pontuou.

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, disse que a proposta da Aneel é uma proibição para a produção de energia limpa no Brasil. “Nesse sentido, mandei uma mensagem ao diretor-geral da Aneel, André Pepitone da Nóbrega, me posicionando contra essa ação. Entendo que nós brasileiros precisamos nos mobilizar contra esse tipo de iniciativa que traz insegurança e prejuízos diretos para quem já realizou os investimentos e proíbe os investimentos futuros nessa linha de geração de energia limpa”, declarou.

Conforme Longen, a proposta da Aneel impacta toda a cadeia de produção, desde quem produz energia com os resíduos de suínos e frangos, algo comum no Paraná e Santa Catarina, passando pela eólica, muito utilizada nos Estados do Nordeste, até chegar à energia fotovoltaica, que abrange todos os Estados do Brasil. “No caso específico da energia solar, desde o ano passado, muitos empresários, pequenos, médios e grandes, fizeram investimentos pesados, buscando, inclusive, como forma de obter mais uma fonte de receita. Agora, com essa intenção da Aneel de alterar as regras de produção de energia limpa, passamos a enxergar os piores cenários possíveis, que é a possibilidade de cobrar impostos para tentar regular essa iniciativa, seria como taxar o Sol”, comparou.