A senadora Soraya Thronicke (PSL) entregou no fim da tarde desta sexta-feira (1) na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) um pedido de explicações sobre o custo estimado de R$ 200 mil para fazer uma CPI na Casa. O deputado federal Loester Trutis (PSL) também fará um requerimento na segunda-feira (4).
Uma das justificativas usadas pelos deputados estaduais para negar a abertura da CPI(Comissão Parlamentar de Inquérito) da Energisa, proposta pelo deputado estadual Capitão Contar (PSL), foi justamente o custo do trabalho.
Porém, a situação gerou questionamentos, devido ao alto valor apresentado. “Estou pedindo que os deputados estaduais expliquem esses R$ 200 mil que eles estão alegando que uma CPI pode gastar. Queria o detalhamento de onde gasta isso se eles já tem salário e estrutura da Casa para trabalhar”, frisa Trutis.
O deputado federal ainda completa que os parlamentares da Assembleia gastam de R$ 15 mil a R$ 20 mil em divulgação de mandato. “Eles têm coragem de gastar nisso mas não tem de gastar em uma CPI, sendo que é uma coisa unânime que a população queira”.
Trutis ainda diz que recebeu mais de 300 solicitações sobre a situação em seu gabinete. Ele esclarece também que não sabe o conteúdo exato do requerimento feito por Soraya, mas que acredita que os pedidos são semelhantes.
“Como a energia também é uma competência federal por se tratar de concessão, nada mais justo do que unir forças com o Capitão Contar. Vamos estar na esfera estadual e federal uma cobrança. A gente não orquestrou, mas conversamos de cada um tomar as providências dentro da atuação e competência de cada um”, finaliza Trutis.
CPI da Energia na ALMS
A lista com pedido de abertura da CPI da Energisa na Assembleia apresentada por Contar não obteve sucesso e foi rejeitada pela maioria dos deputados estaduais. Entre as alegações, esteve a de que não há fato determinado para abrir uma CPI, mesmo com extensas reclamações, principalmente, sobre preços abusivos das contas.
Além disso, houve parlamentares que justificaram que uma CPI pode custar até R$ 200 mil e não havia necessidade para gastar tal valor. A reportagem tentou contato com a senadora Soraya Thronicke e com a assessoria dela, mas nenhuma das chamadas telefônicas não foram atendidas ou retornadas até a publicação deste texto.
