Enquanto o vereador Carlão apenas cogita deixar o PSB, o colega de bancada na Câmara Municipal de Veterinário Francisco já está com as malas prontas para deixar a legenda. E vai sair demonstrando toda sua insatisfação com o comando regional socialista.

“Eu continuo no partido ainda porque não teve uma janela, mas não fico mais no PSB. O partido está esfacelado, não tem mais membros. O Elizeu Dionizio conseguiu acabar com o partido aqui, achando que partido era uma agremiação religiosa, e não é”, disparou Francisco ao Jornal Midiamax, durante a sessão de terça-feira (26).

O parlamentar foi o presidente do diretório da Capital até o dia 18 de dezembro de 2018, sendo que assumiu no mesmo ano. Ele informa que as prestações de contas dos anos 2014, 2015, 2016, 2017 e 2018 não foram feitas e que se isso não for sanado, a legenda não poderá participar das .

Como resultado, Francisco afirma que está com o nome no Cadin (Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal) e não teve respaldo algum do presidente regional, com quem diz ter conversado apenas uma vez desde que este assumiu o comando.

“São cinco anos. Inclusive meu nome está no Cadin. Assumi o partido em 2018. Só que assumi tudo o que tinha de mal feito para trás. Consegui colocar em dia, mas o nosso presidente estadual, senhor Elizeu Dionizio, não quer nem saber”, protesta o vereador.

Sobre o futuro, o defensor da causa animal diz que ainda estão sendo avaliados os convites.

Racha

Durante a campanha eleitoral do ano passado, a insatisfação de Francisco Veterinário e Carlão com o comando regional do PSB era evidente. Os dois, inclusive, não participaram da convenção da legenda em que foram anunciados seus candidatos ao pleito.

O descontentamento de alguns filiados começou depois da mudança na presidência regional. Em março, Elizeu Dionizio se filiou aos socialistas e assumiu a liderança imediatamente, com objetivo principal de manter sua vaga de deputado federal.

Como reação a falta de diálogo, Francisco abriu mão da presidência provisória do diretório da Capital. E tanto ele quanto Carlão se abstiveram de pedir votos a Dionizio, que acabou não conseguindo se reeleger e a sigla também ficou sem representantes da Assembleia Legislativa.

“Ele [Dionizio] acha que ele manda em tudo e infelizmente ele não manda nada”, encerra Francisco.