O deputado estadual Marçal Filho (PSDB) disse ter sido surpreendido com a informação de que se tornou réu em ação penal por corrupção passiva, divulgada pelo MPF (Ministério Público Federal) na manhã desta quarta-feira (28). Ele emitiu nota pública sobre o caso e ainda aponta que o órgão está “desvirtuando o papel de fiscal da lei”.
Conforme o texto da assessoria do parlamentar, a notícia é requentada e tem claro propósito de atingi-lo. “Não traz nenhuma novidade no release de hoje: ao contrário, requenta matéria a partir de acusação oferecida há mais de ano com claro propósito de pressionar o Poder Judiciário, assim como tem feito em outras lides”.
Além disso, Marçal explica que já apresentou defesa na ação, quando ela estava sob análise do STF (Supremo Tribunal Federal), negando os fatos denunciados. Ele ainda afirma confiar na Justiça e na imparcialidade da mesma.
“Não posso e nem vou responder por falas de terceiros e reafirmo que contra minha pessoa não existe uma única prova de ilícito”, comenta o radialista, que é pré-candidato do PSDB a prefeitura de Dourados e classifica a denúncia como vazia e frágil, chamando o processo todo de ilegal e incipiente.
A denúncia
Marçal e a ex-mulher Keliana Fernandes se tornaram réus após a Justiça Federal aceitar denúncia do MPF a respeito de crimes supostamente cometidos nas eleições de 2010, quando o radialista foi reeleito deputado federal.
De acordo com o MPF, durante a campanha de 2010, o então casal participou de reuniões com o então secretário de Governo da prefeitura de Dourados, Eleandro Passaia, nas quais pressionaram por doação de R$ 2 milhões em troca de compromisso político com Ari Artuzi, que na época exercia a função de prefeito.
A denúncia indica que nas negociações chegou a se cogitar a realização de um “esquema dos remédios” pelo prefeito, de forma a que fossem viabilizados os recursos para a campanha política a deputado federal de Marçal.