Miranda, município pantaneiro localizado a 203 km de Campo Grande, registrou um aumento de 10% na porcentagem de eleitores que não compareceram para eleger o prefeito em comparação ao último pleito. Neste domingo (6), foi realizada eleição suplementar na cidade, após a então prefeita, Marlene Bossay (MDB), ser cassada.

Neste fim de semana, o índice de abstenção foi de 30,64% (5.721 eleitores), contra 20,44% (4 mil eleitores) registrado em 2016, ano em que Bossay foi eleita – a cassação, que aconteceu apenas três anos após a eleição, foi motivada por e incluiu o vice dela, Adailton Rojo (PTB).

Já no número de votos nulos e brancos, houve redução. Se em 2016 os números somaram 711 votantes, 4,57% do total de eleitores do município, no domingo foram 505 votos nulos e brancos, o que representa 3,9% dos aptos a votar em Miranda.

Todos os dados são do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que aponta ainda um eleitorado de 18.674 pessoas no município. Desses, apenas 12.953 foram votar – enquanto que em 2016, o número foi de 15.573 eleitores que compareceram.

Novo eleito supera votos da antecessora

Mesmo com cerca de 2,7 mil eleitores a menos indo às urnas, Edson Moraes (Patri) foi eleito com um total de votos superior ao de Marlene. O ex-presidente da Câmara Municipal foi escolhido, já com 100% dos votos computados, por 7.844 eleitores (63,01% dos votos válidos. Em 2016, Bossay conseguiu 7.140 votos (35,98% dos válidos).

O segundo mais votado há três anos foi Gerson Prata (PSDB), com 5.357 votos, 35,98% dos considerados válidos. No fim de semana, o segundo na escolha dos eleitores foi o vereador Valter Ferreira (DEM), que somou 3.891 votos (31,26%).

Agora, Edson terá um ano à frente da prefeitura de Miranda, em mandato tampão, podendo concorrer novamente daqui um ano nas eleições municipais. O vencedor, aí sim, poderá cumprir mandato completo de quatro anos.