O vereador de André Salineiro (), mais votado nas eleições de 2016, afirmou ser “lamentável, triste e vergonhoso” a decisão que tirou o (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), responsável pelo combate a fraudes financeiras e de lavagem de dinheiro, do Ministério da Justiça, comandado por Sérgio Moro.

A votação que passou o Coaf para o Ministério da Economia contou com o apoio de dois deputados federais do PSDB representantes de Mato Grosso do Sul: Beto Pereira e Bia Cavassa. A outra parlamentar tucana, Rose Modesto, foi contra.

“Acho que o Coaf poderia continuar no Ministério da Justiça, não tinha necessidade de transferir. Creio que não vai mudar muito porque mesmo o é um só, mas a logística é diferente. As pessoas que vão trabalhar e investigar são diferentes”, relatou Salineiro ao Jornal Midiamax, nesta quinta-feira (23).

Outros dois correligionários da Câmara de Vereadores de Campo Grande discordam do colega. Delegado Wellington diz que cada parlamentar tem sua opinião. “É fórum íntimo de cada deputado, não cabe a mim fazer parecer. Só acho que não tem problema nenhum em [o Coaf] permanecer onde está”, afirma.

Presidente do diretório do PSDB na Capital, João César Mattogrosso segue na mesma linha.

“Acho que não dá para deixar todas as responsabilidades na mão do Sérgio Moro. Acho que o governo tem que trabalhar de forma integrada. Não vejo prejuízo para a nação. E vai do entendimento e do posicionamento de cada um”, avalia Mattogrosso.

Segue para o Senado

Entre os que votaram para tirar o Coaf do Ministério de Sérgio Moro, estão os deputados federais de Mato Grosso do Sul Beto Pereira e Bia Cavassa, ambos do PSDB, e Vander Loubet (PT).

Os outros cinco representantes do Estado na Câmara federal se posicionaram a favor do Coaf na Justiça: Dagoberto Nogueira (PDT); Luiz Ovando e Loester Trutis, ambos do PSL; Fábio Trad (PSD) e Rose Modesto (PSDB).

A conclusão da votação depende da análise de dois destaques (propostas de alteração do texto), que ficou para esta quinta-feira (23).

O texto que resultar da votação na Câmara ainda terá de passar por votação no Senado, antes de ser enviado para sanção do presidente da República.