Representante do Estaduais de Mato Grosso do Sul, Ricardo Bueno usou a tribuna na ALMS (Assembleia Legislativa) nesta terça-feira (21) para reclamar da falta de posicionamento do governo sobre o reajuste e alegou que é possível um índice de até 8%, segundo os cálculos realizados com os balanços divulgados até o momento.

Segundo Bueno, o governo teve, no período, um crescimento da receita de 11,5%. “Descontada a inflação o ganho real é de até 8%. E o governo falando que perdeu receita”, afirmou.

“Até o momento, o governo só divulgou receitas superavitárias. O governo fala em perdas, mas não foram publicadas. Na reunião da semana passada com o secretário Riedel e o secretário Hashioka, nos foi prometido um posicionamento até a segunda, que foi ontem. Até agora, nada”.

Bueno afirma que o Fórum está disposto a fazer a discussão salarial e ‘dar as mãos para o governo', mas é contra reajuste para os Poderes. “Por que só os servidores do Executivo vão ficar sem aumento, enquanto os outros Poderes anunciam reajuste para os servidores? O caixa é o mesmo, é dinheiro do duodécimo, que vem de repasse do governo do Estado”, criticou.

Segundo o representante, da semana passada até esta terça-feira, existem 90 nomeações publicadas pelo governo. “São novos cargos comissionados. Só hoje foram 15. Como não dá para ter reajuste?”, contestou.

O servidor também reclamou da falta de diálogo direto com o líder do Executivo estadual. “Nós vimos entrevistas dele falando que o diálogo está aberto, mas só o secretário de governo conversa. Em cinco anos de administração, o governador sentou apenas uma vez para conversar com os servidores”, declarou.

Reajuste salarial

O Fórum aguarda um posicionamento do governo, que diz ainda não ter fechado o balanço do quadrimestre para poder discutir o índice de . Na semana passada, o deputado estadual Felipe Orro (PSDB) disse acreditar que o índice seria de zero e que muito provavelmente o abono também não seria mantido.

Nesta terça, o governador Reinaldo Azambuja não confirmou o índice e reafirmou estar com a discussão aberta.

“Só pode comprometer o aumento da despesa se tiver receita. Nesse cenário, é difícil comprometer qualquer tipo de despesa que poderia implicar em não cumprimento das obrigações. Estamos abertos, dialogando. Vamos continuar dialogando com todos os segmentos de servidores”, garantiu.