“Um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil”, dessa forma o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) apresentou ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, os problemas de assoreamento que colocam em risco o Rio Taquari. Os dois se reuniram em Brasília, no fim da tarde de ontem, quarta-feira (20).
No começo do governo Bolsonaro, Salles, revelou o governo estadual, já se comprometeu a liberar parte dos R$ 6 bilhões que estão em fundo criado pela União para receber pagamento de multas advindas de crimes ambientais.
No encontro, Reinaldo apresentou ao ministro um cenário de degradação na Bacia do Rio Taquari, fruto de um processo de assoreamento iniciado há pelo menos quatro décadas e que já inundou 1,3 milhão de hectares no Pantanal.
“É prioridade absoluta do Ministério encontrar soluções para esse problema, que sejam factíveis e tenham horizonte de aplicação bastante curto”, disse Ricardo Salles.
Acompanhado dos secretários de Governo, Eduardo Riedel, e do Meio Ambiente, Jaime Verruck, o governador apresentou ao ministro uma proposta elaborada pelo poder público em parceria com organizações civis e de produtores.
Recuperação
Na comitiva do governador estavam ainda 11 prefeitos de municípios que compõem o Cointa (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari), além do diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Ricardo Eboli, e dos deputados estaduais Eduardo Rocha e Coronel David.
Bacia
Por meio de sua assessoria, o governo estadual divulgou que a Bacia do Rio Taquari cobre uma área de 78 mil km² nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. O rio tem suas nascentes nos municípios de Alto Araguaia (MT) e Alto Taquari (MT), Costa Rica(MS) e Alcinópolis(MS), escoando de leste a oeste no sentido do planalto para o Pantanal, sendo que a maior parte da bacia hidrográfica do Taquari está situada no território de Mato Grosso do Sul.
