Giroto e mais 7 prestam depoimento sobre enriquecimento ilícito
Giroto está preso no Centro de Triagem de desde o dia 8 de maio de 2018 (Foto: Arquivo/Midiamax)

O ex-secretário de Obras participou na tarde desta quarta-feira (27) de audiência no Fórum de Campo Grande. Ele foi ouvido com outras sete testemunhas na ação civil pública que tramita na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.

Segundo a Defesa de Giroto, a audiência estava marcada para as 14h. Logo após ser ouvido pelo juiz David de Oliveira Gomes Filho, ele retornou ao presídio. Preso há quase um ano, Giroto já saiu da prisão para várias outras audiências. Ele responde a mais de duas dezenas de ações na Justiça Estadual.

Conforme o processo, na audiência desta tarde foram ouvidas também sete testemunhas arroladas pelo Ministério Público, sendo duas delas por meio de videoconferência. Essas duas já haviam sido ouvidas ontem (26), mas o MP decidiu por nova oitiva para esclarecer uma questão relativa a cheques que não constava no depoimento anterior.

Ainda na audiência, o MP insistiu na oitiva de uma testemunha por carta precatória, mas desistiu das demais que ainda não foram ouvidas. Já as testemunhas arroladas pela Defesa deverão ser ouvidas em nova audiência, marcada para as 14h do dia 23 de abril.

Ação civil pública

Giroto responde por improbidade administrativa em ação ajuizada pelo MPE sob o fundamento de ter acumulado patrimônio incompatível com sua renda declarada. Entre os bens, foram mencionados uma aeronave, elevada movimentação em dinheiro na reforma de uma casa no Residencial Dahma I, além da aquisição de duas fazendas. A ação tem o valor de R$ 6,5 milhões.

Recurso

Na última segunda-feira (18), Giroto recebeu a primeira condenação decorrente da Lama Asfáltica. A decisão foi do juiz da 3ª Vara da Justiça Federal, Bruno Cézar da Cunha Teixeira, determinou nove anos, dez meses e três dias de prisão em regime inicial fechado. Conforme o advogado de Giroto, Valeriano Fontoura, já foi apresentada petição de recurso e a Defesa aguarda intimação do juiz para apresentar as razões contestando a prisão.