Em meio a indefinição sobre MDB, Simone Tebet é cotada para presidir CCJ do Senado
Senadora . (Foto: Roberto Castello/Divulgação/Assessoria)

A senadora sul-mato-grossense Simone Tebet (MDB) ganhou os holofotes nos últimos dias durante a conturbada eleição para a presidência do Senado. Considerada peça importante na derrota de (MDB) e na vitória de Davi Alcolumbre (DEM-AP), a parlamentar é cotada para assumir a presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

Enquanto isso, Simone tem sido assediada por vários partidos, entre eles o PSD, do colega de Estado Nelsinho Trad. No entanto, mantém o discurso que espera mudanças no seu partido, antes de tomar alguma decisão. O objetivo é “renovar” o MDB. Só se isso se frustrar, ela trocaria de sigla.

De acordo com o portal UOL, o movimento que pode beneficiar Simone a assumir a CCJ ou ser relatora das principais matérias nesse colegiado passa por Davi Alcolumbre. A estratégia de dar destaque à senadora seria uma forma de enfraquecer o grupo do MDB ligado a Renan na Casa.

Alcolumbre estuda acabar com a tradição da “regra da proporcionalidade”, que significa distribuir os cargos na Mesa e nas comissões de acordo com o tamanho das bancadas. O MDB é a maior bancada com 13 senadores e teria direito a escolher os melhores cargos: a vice-presidência da Casa e as presidências das comissões mais importantes.

O presidente do Senado diz que vai tomar uma decisão sobre isso nesta semana e vai se reunir com líderes na quarta-feira para debater o formato de distribuição de cargos.

“Venhamos e convenhamos: a presidência da CCJ não pode ficar com o grupo derrotado do MDB”, disse Simone em coletiva na segunda-feira (5). “Os dois maiores partidos que apoiaram o presidente Davi foram vitoriosos e já ocuparam esses espaços. O MDB perdeu a proporcionalidade. Agora, vamos tentar recuperar a proporcionalidade com companheiros que estejam em sintonia com a gestão da nova Mesa Diretora”, defendeu.

Ainda conforme o UOL, uma configuração possível seria a senadora ficar no comando da comissão enquanto os senadores Antônio Anastasia (PSDB-MG) ou Izalci Lucas (PSDB-DF) assumissem a vice-presidência do Senado. Outra opção seria Anastasia presidir a CCJ passando as matérias mais importantes para Simone, à exceção da reforma da Previdência.

Simone garante que não vai pleitear a CCJ. Enquanto isso, a especulação desagrada o MDB, que procura se manter unido para tratar as ranhuras que a derrota de Renan causou no partido. Um parlamentar da bancada disse ao UOL que isso não vai ser aceito.