Membro da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), o deputado federal (PSD) acredita que o texto da PEC da Previdência deve ser aprovado na Comissão, mas que a votação não será concluída nesta quarta-feira (17), devendo ser pautada para depois da . O deputado Loester Trutis (PSL) também acredita em aprovação, mas que a votação deve enfrentar resistência da oposição.

Isso porque integrantes da oposição na Câmara chegaram com mais de cinco horas de antecedência ao plenário da CCJ para assegurar os primeiros lugares na fila e tentar atrasar a votação no colegiado da proposta de reforma da Previdência. A sessão já começou com 45 minutos de atraso e foi suspensa.

“Acredito que é véspera de feriado e não vai ter quórum, muitos parlamentares já viajaram. E a oposição está pronta para levantar questões regimentares, justamente para obstruir a votação. Vai depender muito da articulação política para conseguir votar, mas eu acredito que deva ficar para a semana que vem”, disse.

Trutis está mais otimista em relação a votação. “O prometido era pautar a votação e eu acredito que tenha de 20 a 23 votos favoráveis. Apesar da oposição ter se organizado para falar, já estava avisado que não seriam aceitos requerimentos nesta quarta. Então deve ser aprovado por maioria ainda hoje”, relatou.

O deputado federal (PSL) acredita em tranquilidade na votação. “Deve ser aprovado o relatório e ainda nesta quarta. Contamos com a compreensão dos deputados, que acredito ser a maioria, apesar daqueles que são contra apenas por questões ideológicas”, pontuou.

Nos últimos dias, a expectativa era de que a votação da PEC da Previdência na CCJ ocorresse somente na semana que vem em razão do grande número de deputados inscritos para discursar no plenário da comissão. Inicialmente, havia mais de cem inscritos.

No entanto, nesta terça-feira, parlamentares favoráveis à proposta – principalmente integrantes da bancada do PSL, partido de Bolsonaro – abriram mão do tempo a que teriam direito para discursar e conseguiram agilizar o andamento dos trabalhos.

Com essa manobra governista, a fase de debates na CCJ foi encerrada na noite desta terça-feira. Ao todo, cerca de 90 deputados discursaram no plenário da comissão (55 contrários; 19 favoráveis; 14 líderes). O enxugamento no número de oradores permitiu que fosse convocada para esta quarta-feira a votação da proposta.