O rescaldo do Carnaval em , que registrou atos de vandalismo e sujeira na Esplanada Ferroviária, principal ponto de concentração dos foliões, suscitou debate entre os deputados estaduais na sessão desta quinta-feira (7) na Assembleia Legislativa.

“Ruas cheias de sujeira, carros furtados, adolescentes detidos, 40 jovens em coma alcoólico atendidos pela saúde, acidentes, roubos, fachadas de lojas quebradas, monumentos e lugares que pertencem ao patrimônio da cidade depredados. Qual é o custo benefício de festividades como esta?”, questionou Herculano Borges (SD), que levou o tema para o debate no plenário.

O parlamentar lembrou que existe um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre a Prefeitura da Capital e o MP-MS (Ministério Público Estadual) que limita horário de passagem dos blocos carnavalescos em Campo Grande, mas cobrou mais organização dos órgãos públicos para as festividades do próximo ano.

“O que faltou foi a instalação de lixeiras, banheiros químicos e reforço de policiamento. Não adianta tentar destruir e desqualificar a maior e mais democrática festa popular. Faço um apelo que a prefeitura organize o carnaval nos bairros e em algumas regiões da cidade para desconcentrar o fluxo de pessoas na Esplanada Ferroviária”, afirmou Pedro Kemp (PT), que revelou que participou das festividades no local, e que mesmo com mais de 40 mil pessoas nos blocos o que se viu foi uma festa ‘tranquila'.

Já Lucas de Lima (SD) citou a falta de um espaço em Campo Grande propício para realização de eventos, e lembrou que até o Parque de Exposições Laucídio Coelho pode ficar proibida de receber grandes shows.

“Há a necessidade de organização em primeiro lugar. Em Corumbá, graças a isso não tivemos fatos que maculassem nossa festa. A Polícia Militar esteve presente, junto à segurança particular e a inteligência da Polícia Civil. É preciso organização, principalmente da parte da Segurança Pública. A Prefeitura de Campo Grande e de todos os municípios do Estado precisa fazer com que haja segurança”, cobrou Evander Vendramini (PP).

Lídio Lopes (Patriota) afirmou que os problemas dos excessos no período de Carnaval resultam de uma ‘geração desenfreada e sem limites que acha que deve beber demais e acaba destruindo o patrimônio público'. Na mesma linha, Capitão Contar (PSL) frisou que o SAMU recebeu mais de 200 chamadas, sendo que pelo menos 80 eram de jovens alcoolizados.