O PDT já se movimenta para as eleições de 2020 com candidatos a vereador nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Apesar desse cenário, o deputado federal Dagoberto Nogueira, presidente regional da legenda, ainda tem o que reclamar: para ele, parlamentares do partido sempre acabam se aliando ao Governo do Estado.

“Até compreendo, mas tenho muita dificuldade. Deputado estadual sempre quer ficar no Governo. Sou deputado federal e não fiz parte do governo do André, do Reinaldo, do Bernal, não no do Marquinhos, isso para a gente ter independência. A última vez foi na gestão do Zeca, por que era o vice”, dispara o deputado.

Dagoberto ainda lembrou dos deputados estaduais que se elegeram pelo PDT recentemente e, depois, saíram do partido. Em 2014, foram eleitos Felipe Orro, Beto Pereira e George Takimoto. Os dois primeiros deputados trocaram de partido e foram para o PSDB, enquanto o último acabou migrando para o MDB.

“Eles não sabem viver sem o Governo, eu consigo viver sem e tenho que dar exemplo por ser o presidente regional do PDT”, conclui. Além disso, o pedetista relembrou a situação do deputado estadual Jamilson Name, atualmente o único do partido na Assembleia, mas foi sucinto. “Ele contrariou algumas indicações do partido”.

Impasse no partido

Vários filiados do partido, como Jamilson e o vereador por Campo Grande, Odilon de Oliveira Jr, já se mostraram insatisfeitos com as orientações do comando regional do PDT, gerando grande impasse. Como existe a fidelidade partidária, ambos continuam filiados a legenda trabalhista para não perderem o mandato.

Recentemente, o PDT também se viu envolto em polêmica após Dagoberto ter enviado suposta carta de expulsão de Jamilson. Tanto o deputado estadual como o vereador afirmam que Dagoberto trata a sigla como se pertencesse a ele.