Depois de quase 4 anos, a criação da Casa da Mulher da Fronteira pode finalmente sair do papel. De iniciativa do Governo Federal, o projeto promete assistência psicossocial e jurídica a mulheres em situação de vulnerabilidade na fronteira seca, mas, apesar das promessas, passou de governo em governo, sem se concretizar.

Desde a concepção, ainda no governo Dilma Rousseff (PT) e depois na gestão Michel Temer (MDB), os recursos necessários para implementação da Casa da Mulher em Mato Grosso do Sul seguem travados.

“E esse recurso estava no Ministério da Justiça e depois não andou, passou governo Dilma, Temer, eles dizendo que a obra teria início a qualquer momento, mas não ocorreu”, declarou deputada federal (PSDB).

Rose e Bia Cavassa (PSDB) se reuniram com o ministro da Justiça e Segurança Pública na última terça-feira (30) e pediram celeridade na liberação da verba e um olhar especial para fronteira com Paraguai e Bolívia. “Nossa preocupação é de ver até hoje o governo federal ausente demais”, lamenta.

No encontro, as parlamentares argumentaram que Ponta Porã e Corumbá – onde o núcleo deve ser instalado – estão entre as cidades mais violentas do estado, engrossando índice de crimes praticados contra vida de mulheres.

“Ele [Sérgio Moro] ficou de ter uma conversa com a ministra Damares, porque eles estão tocando em conjunto algumas ações e vão nos dar uma resposta se vão tocar pelo Ministério da Justiça ou pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Se forem tocar, queria colocar parte da minha emenda parlamentar nesse projeto”, promete.