Prefeita de Dourados, cidade distante 225 quilômetros de Campo Grande, Délia Razuk deve permanecer sem partido até definir se concorrerá à reeleição nas eleições de 2020, informou o deputado estadual e seu filho, Neno Razuk (PTB).
“Minha mãe ainda está decidindo se vai concorrer ou se vai ficar em casa cuidando do meu pai e dos netos. Primeiro ela precisa definir isso para, então, ver se vai se filiar a algum partido”, informou. Nem mesmo a ida do ex-senador Delcídio do Amaral para o partido de Neno teria levado a prefeita a se decidir.
Délia teria recebido convite de quatro partidos, mas ainda está analisando. “É minha vontade trazê-la para o PTB, mas essa é uma escolha que tem que ser dela. Eu vou apoiá-la onde ela estiver, mas não tenho a intenção de deixar o partido. Tenho planos para o PTB', disse.
Saída do PL
Délia era filiada ao PL, antigo PR, mas deixou a sigla em julho deste ano. Segunda maior cidade do Estado, Dourados foi palco de inúmeros escândalos de corrupção nos últimos meses, como a Operação Pregão, que apura esquema de fraude em licitações, e culminou na prisão da vereadora afastada Denize Portolann (PR), o ex-secretário de Fazenda, João Fava Neto, braço direto da prefeita e o ex-chefe de licitações, Anilton de Souza, e o empresário Messias José da Silva para prisão em outubro passado.
Na segunda fase da operação, outro servidor da estrita confiança de Délia, que já estava sendo investigado, virou réu e teve bens bloqueados, acabou preso. Rosenildo França, ex-contador da prefeitura, exonerado por determinação judicial, em 8 de novembro e esposa foram detidos.
Além da prisão dos agentes públicos e empresário, 16 mandados de busca e apreensão forma cumpridos. A operação mirou suposto esquema de fraude em licitações, dispensa indevida de licitações, falsificação de documentos, advocacia administrativa, além de crimes contra a ordem financeira.