Vereador em segundo mandato e único representante do PTB na Câmara Municipal de , Otávio Trad está insatisfeito com os rumos do partido e diz “pensar com carinho” na possibilidade de deixar a legenda antes que ocorram divergências. No entanto, o caminho mais provável é que essa decisão seja tomada assim que a janela partidária seja aberta ano que vem.

“Tenho compromisso com o partido até o momento que eu possa analisar minha saída. Eu quero fazer tudo dentro da legalidade. Não quero ter problema com o PTB, como não tive com o PTdoB quando saí. Da mesma maneira que entrei pela porta da frente, quero sair pela porta da frente”, disse Otávio ao Jornal Midiamax, após a sessão de quinta-feira (4).

O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Legislativo da Capital explica que, até o momento, não teve problema com o partido, mas que não foi convidado pela atual diretoria regional petebista, comandada provisoriamente pelo deputado estadual , para participar das discussões pensando em 2020.

Atualmente, o principal assunto é a filiação do ex-senador Delcídio Amaral (PTC) ao PTB, que já é dada como certa por Neno Razuk. O ex-petista deve oficializar a troca de partido ainda em abril, almejando eventual disputa pela prefeitura de Campo Grande, segundo o presidente provisório.

“Até agora, não tive convite nenhum para discutir o nome do Delcídio, nem quanto a filiação nem quanto a pré-candidatura. Pelo que a gente tem percebido, o presidente provisório Neno Razuk tá tentando dar uma fortalecida no partido. Agora a gente tem que pensar quais nomes vão fortalecer ou enfraquecer”, avalia Otávio.

“A gente tem visto matérias do partido se mobilizando principalmente na questão municipal de Campo Grande, e eu não tenho sido consultado e muito menos convidado para participar. Lógico que há uma divergência de pensamento”, complementa.

Caso esta situação permaneça, a saída é esperar uma “oportunidade legal” para que o vereador procure seu espaço em outra legenda. Um dos possíveis destinos é o PSD do prefeito Marquinhos e do senador , ou um aliado dos pessedista.

“Seria uma das possibilidades, ou algum outro partido que vá caminhar junto nas eleições de 2020 com o grupo”, diz Otávio.