Governo paga salários 144,45% maiores que setor privado e quer corrigir desigualdade

Levantamento feito pela SAD (Secretaria de Estado de Administração) aponta que a média salarial dos servidores estaduais atualmente é de R$ 4.791,26, valor 144,45% maior do que a média salarial do brasileiro, que atualmente ganhar R$ 1.960, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilios) Contínua, feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Secretário de Administração Roberto Hashioka (Foto: Marcos Ermínio/Midiamax)
Secretário de Administração Roberto Hashioka (Foto: Marcos Ermínio/Midiamax)

Levantamento feito pela SAD (Secretaria de Estado de Administração) aponta que a média salarial dos servidores estaduais atualmente é de R$ 4.791,26, valor 144,45% maior do que a média salarial do brasileiro, que atualmente ganhar R$ 1.960, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilios) Contínua, feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar disso, de acordo com o titular da SAD, Roberto Hashioka, um dos problemas do Governo do Estado é resolver as desigualdades encontradas dentro da máquina pública. “No Brasil a desigualdade social deve ser resolvida, e isso não é diferente no serviço público, onde tem suas desigualdades. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, a base da pirâmide salarial hoje está muito longe do topo”, declarou.

Conforme o secretário, atualmente o Governo do Estado tem salários que vão de R$ 854 a R$ 30 mil. Porém, grande parte da massa do funcionalismo, afirma Hashioka, está mais próxima dos R$ 4.791,26, que seria a média, de acordo com dados da folha salarial de março deste ano. “Grande parte está concentrado no entorno dessa faixa. O salário de R$ 30 mil são pagos a um número menor de servidores”, garantiu.

O secretário lembrou que além do impacto de salários maiores causariam nas contas do Governo, há também uma preocupação com a Previdência Social. “Tem que se fazer a reforma e em todos os setores, principalmente, judiciário, legislativo e executivo”.

“Sempre há preocupação em defender os anseios da população, já que quem paga o salário do servidor é a sociedade e melhores salários também refletem em atendimento, mas quando há uma crise o primeiro setor que sente é a população”, destacou o secretário.

Hashioka também afirmou que concorda com aumento para os servidores, mas garantiu que neste momento de crise isso se torna “inviável” para o governo.

Ainda de acordo com o secretário, por ano o crescimento vegetativo da folha salarial do governo é de 5,47%. “São progressões de tempo de serviço, novos concursos, tudo isso acresce na folha”.

Impraticável

Sobre o abono, o secretário declarou que seria “impraticável” a incorporação dos R$ 200 ao salário dos servidores. Para ele, a solução mais viável para o impasse entre Governo e funcionalismo seria a manutenção desse valor da forma como é feita hoje.

“O abono só tem uma solução, mantê-lo como ele está, porque se incorporarmos isso gera uma reação em cadeia. Ele foi muito importante para quem ganha menos e a gente já vem pagando, então seria mais fácil de manter”, afirmou. Para as categorias que recebem hoje salário de até R$ 1,5 mil, o abono representa 13,3% desse valor.

(Matéria editada às 10h do dia 22/05 para acréscimo de informações)

Conteúdos relacionados

prefeito urt eleições
lula