Os vereadores Vagner Gonçalves (PPS) e André Franco Caffaro (PPS) foram cassados pela Câmara Municipal de – a 427 km de Campo Grande – na semana passada. Com isso, a Casa tem hoje apenas três vereadores que foram eleitos pelo voto popular em 2016, os outros oito tiveram seu mandato interrompido.

Vagner e André foram julgados pela Câmara por participação no esquema de pagamento de propina, conhecido como ‘Mensalinho’, que cassou sete vereadores e o prefeito da cidade, Carlos Aníbal Ruso Pedroso (PSDB). Dos eleitos em 2016 sobraram Fábio Peixoto de Araújo Gomes (PTB), Jonil Junior Gomes Barcellos (PMN) e o atual presidente da Casa, Daniel Benzi (MDB).

O julgamento de Caffaro foi realizado na quarta-feira (17), já o de Gonçalves ocorreu na quinta-feira (18). Antes deles foram cassados Agnaldo dos Santos Silva Junior (PTB), Augusto de Campos (MDB), Lilia Maria Cillalva de Moraes (MDB), Paulo Rogério Feliciano Barbosa (PMN) e Osvalmir Nunes da Silva (PSDB).

Já Ruso foi cassado pelos vereadores no dia 1º de abril. Desde a prisão dele, a administração de Ladário é feita pelo vice-prefeito Iranil Lima Soares (PSDB).

O esquema, que seria orquestrado pelo prefeito Ruso, pagava R$ 3 mil mensais a sete dos 11 vereadores de Ladário e levou os parlamentares para a cadeia no final de novembro de 2018. Esta denúncia foi protocolada em março do ano passado no MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), pelo presidente da Câmara da cidade, Fábio Peixoto de Araújo Gomes.

O valor era repassado pelo prefeito para manter uma base de apoio na Casa. O salário de um vereador do município é de cerca de R$ 6 mil, segundo o presidente.

Compra de votos

Compõe a lista de vereadores cassados o ex-parlamentar Eurípedes Zaurizio de Jesus (PTB), que foi cassado pelo juiz Maurício Cleber Miglioranzi Santos, da , por nas eleições municipais de 2016. A cassação dele foi confirmada no final de março deste ano, portanto foi a primeira das oito.

Eurípedes já havia sido preso em 2017, durante a Operação Anatocismus, deflagrada pela Polícia Federal em janeiro daquele ano. Segundo as investigações, o ex-vereador seria o chefe de um esquema de agiotagem que explorava pessoas de baixa renda.