Após revelações em delação, vereadores cogitam duas CPIs para investigar Consórcio Guaicurus

O vereador Vinicius Siqueira (DEM) solicitou nesta quinta-feira (1º) retorno do recesso parlamentar na Câmara de Campo Grande a abertura de uma segunda CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o Consórcio Guaicurus, conjunto de empresas que detém a concessão pública do serviço de transporte coletivo na Capital, após delação do empresário Sacha Reck revelada […]

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O vereador Vinicius Siqueira (DEM) solicitou nesta quinta-feira (1º) retorno do recesso parlamentar na Câmara de Campo Grande a abertura de uma segunda CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o Consórcio Guaicurus, conjunto de empresas que detém a concessão pública do serviço de transporte coletivo na Capital, após delação do empresário Sacha Reck revelada pelo Jornal Midiamax nesta quarta-feira (31).

Para o parlamentar, é preciso investigar tanto as consequências do contrato, como já sugerido com o pedido de abertura da primeira CPI, como as suspeitas de processo licitatório fraudulento, segundo aponta a delação premiada do empresário.

“É um fato novo e para ser aberta uma nova CPI, tem que ter o fato determinante. Essa delação só corrobora as suspeitas. A chance de uma pessoa mentir em uma delação é muito pequena, já que existe um acordo e se no decorrer for descoberto que aquilo que foi dito é mentira, ele perde os benefícios”, explicou o vereador, que também é advogado, aos colegas durante a sessão.

Siqueira reforça que Reck afirma o direcionamento do Consórcio Guaicurus em 2012, quando o empresário era o operador do grupo. “Uma CPI investigaria o período de licitação e a outra os efeitos desse contrato, que dura até hoje”.

André Salineiro (PSDB) sugeriu que tudo fosse unido em uma só CPI. “Com esse fato novo, tornado público pelo Jornal Midiamax, existem argumentos para abertura de uma CPI. A delação é uma prova, mas para que haja mais provas é preciso investigar. Isso tem que ser feito pelo Ministério Público e com a nossa ajuda, por meio de uma Comissão, contribuindo com essa investigação”, disse.

Para Salineiro, a licitação está maculada e viciada. “Com a delação essa fraude é evidenciada e tem que ser encerrada”, ponderou. O vereador Siqueira, quem propôs a CPI, faz a coleta das assinaturas. No entanto, com o retorno do recesso parlamentar e evento de lançamento do aniversário de 120 anos de Campo Grande, apenas 15 dos 29 vereadores estavam na sessão.

A expectativa de Vinícius é que mais vereadores cheguem até o final da sessão, com o fim do evento, no Gabinete da Explanada. O prefeito Marquinhos Trad (PSD) também é aguardado na Câmara.

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