O ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, deve ir à Câmara dos Deputados na próxima terça-feira (21) para prestar esclarecimentos sobre a troca de mensagens entre ele e procuradores federais da Lava Jato, reveladas pelo site The Intercept. Na quarta-feira (19), ele falou na CCJ do Senado.

A ida de Moro está marcada para às 9h (horário de MS) no plenário 12 e não é obrigatória, já que o chamado foi feito em caráter de convite, e não convocação como ocorreu no Senado. O convite partiu das comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público e de Direitos Humanos e Minorias.

Desde o último dia 9, o site The Intercept Brasil tem publicado mensagens supostamente trocadas entre Moro e o procurador-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, que lançam suspeitas sobre a imparcialidade do então juiz Moro na operação.

Na quarta, Moro negou interferência no trabalho dos procuradores, frisou que não agiu em conluio com o MPF (Ministério Público Federal) para prejudicar Lula e o PT, e ainda afirmou que sairia do cargo de ministro caso for comprovado que agiu errado, tendo certeza que todo o processo ocorreu dentro da lei.

No último vazamento de mensagens atribuídas à Moro, na noite de quinta-feira (20), o ex-juiz teria dado a procuradores conselhos acatados pelos membros do MPF. Ele questionou a capacidade da procuradora Laura Tessler, assim o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, a retiraram das audiências com Lula.