Questionada sobre os ataques do presidente da Câmara dos Deputados (DEM-RJ) ao ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, a senadora (PSL) disse acreditar que o deputado federal tem insatisfação com a .

“Depois do ocorrido de hoje ficou muito clara a insatisfação dele com a Lava Jato, em razão da ligação familiar com um dos presos”, declarou. O ex-ministro de Minas e Energia Moreira Franco, preso nesta quinta-feira (21) na mesma ação da Lava Jato que prendeu o ex-presidente Michel Temer, é sogro de Maia.

Sobre inicialmente ter sido apontado como grande aliado do presidente Jair Bolsonaro, já que foi apoiado pela bancada do PSL para continuar na presidência da Casa e estar agora atacando o ministro, a senadora acredita que não exista essa visão da bancada sobre o deputado.

“O PSL haver apoiado a candidatura de Maia para a Presidência da Câmara não o coloca exatamente na posição de ‘grande aliado’”, limitou-se a comentar. Soraya não respondeu como estaria a situação do ministro Moro dentro do governo após os ataques de Maia.

‘Copiou e colou’

Maia destacou que a proposta foi copiada e colada de uma matéria já apresentada pelo agora ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.

O deputado, de acordo com matéria divulgada pelo Jornal Folha de São Paulo, demonstrou irritação com o ministro Moro ter declarado que a proposta anticrime deveria tramitar ao mesmo tempo que a , o que era ‘desejo do governo’.

“O funcionário do presidente Bolsonaro? Ele conversa com o presidente Bolsonaro e se o presidente Bolsonaro quiser ele conversa comigo. Eu fiz aquilo que eu acho correto (na tramitação da proposta de Moro). O projeto é importante, aliás, ele está copiando o projeto direto do ministro Alexandre de Moraes. É um copia e cola. Não tem nenhuma novidade, poucas novidades no projeto dele”, disparou .

O ministro da Justiça entrou em contato com o presidente da Câmara com intenção de interferir, segundo deputados, na pauta legislativa, com o desejo de antecipar a votação da proposta de moro.

“O presidente Bolsonaro é quem tem que dialogar comigo. Ele está confundindo as bolas, ele não é presidente da República, ele não foi eleito para isso. Está ficando uma situação ruim para ele. Ele está passando daquilo que é a responsabilidade dele. Ele nunca me convidou para perguntar se eu achava que a estrutura do ministério estava correta, se os nomes que ele estava indicando estavam corretos”, alfinetou Maia.