Os servidores administrativos da educação do Governo do Estado manterão a greve que começou na segunda-feira (20). A informação é do presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, após o anúncio da administração estadual de este ano, com manutenção do abono por mais 12 meses.

De acordo com Teixeira, a categoria deverá continuar mobilizada até, pelo menos, o dia 31 de maio. “Temos um calendário de manifestações já montado e faremos revezamento para que todos possam participar”. Desde terça-feira (21) 2/3 da categoria teve que voltar ao trabalho devido a decisão judicial.

Na quinta-feira (23) a Fetems se reúne com a SED (Secretaria de Estado de Educação) e, segundo Teixeira, a expectativa é de conseguir reverter a decisão do Governo sobre os administrativos da educação.

“Temos quatro pautas para essa reunião. A incorporação do abono, a manutenção da jornada de trabalho de 6 horas, o chamamento de aprovados no concurso público e uma política salarial para a categoria, que hoje recebe menos que o salário mínimo”, declarou o sindicalista.

Para Teixeira, a manutenção do abono, sem sua incorporação seria apenas “postergar por mais um ano a solução do problema”. Ele também afirmou que nesta quinta, após conversa com a SED, a categoria segue para a ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), onde terá direito a fala no Plenário e, depois, participará de uma reunião com os deputados, onde receberão a proposta do governo. “Tem outras coisas nessa proposta de reajuste zero que ainda não tivemos contato, então tomaremos conhecimento amanhã”.

Reajuste zero

Secretário de Administração, Roberto Hashioka anunciou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (22) na Assembleia Legislativa que o projeto de lei do governo entregue não apresenta nenhum índice de reajuste para os servidores, mas mantém o abono salarial de R$ 200 por mais 12 meses, até maio de 2020. O anúncio do reajuste zero já era adiantado por políticos desde a semana passada.

Segundo Hashioka, a intenção da administração estadual é diminuir as disparidades salariais entre os salários dos servidores.

De acordo com os dados do governo, em janeiro e fevereiro as contas estavam positivas, mas houve estagnação a partir de março e até mesmo queda após este período. “Somente em abril houve queda de 5,6%, o que representa cerca de R$ 40 milhões em arrecadação”, pontuou.