O promotor Marcos Alex Vera de Oliveira é o convidado desta segunda-feira (4) do . Ele fala, sobretudo, sobre o combate à corrupção. “A gestão pública visa o bem coletivo e os recursos públicos são finitos, são poucos para a demanda, quando tem desvio, tem dano significativo”, afirmou o promotor.

Em linha gerais, Marcos Alex fala que há investigações sobre contratos de licitação e outras situações envolvendo o funcionalismo. “O desafio é atuar de forma preventiva e estabelecer os limites. Quando for necessário, atuar de forma repressiva”.

Ele também falou sobre denúncias recebidas via ouvidoria e que muitas irregularidades ocorrem muito “por um costume que deve ser mudado pelo gestor”.

Sobre a Operação Aprendiz, deflagrada em fevereiro deste ano que apreendeu documentos da Casa Civil do governo estadual, Marcos Alex informou não ser possível dar muitos detalhes. “Ainda estamos investigando. É um processo com mais de 75 documentos sob análise da CGU. É um volume muito grande, com a conclusão da análise vai ser expedido relatório. O trabalho continua, é difícil, análise documental extensa e aguardamos os relatórios da CGU para direcionar os próximas etapas do trabalho”.

Um dos questionamentos feitos pelos espectadores sobre se o dinheiro desviado nas obras do Aquário do Pantanal já tinham chegado para a Justiça, o promotor respondeu que bens dos envolvidos, estão bloqueados. “Temos medidas cautelares de bloqueio de bens, por enquanto o que temos é o bloqueio de contas, imóveis. Havendo condenação, esses bens vão ser colocados a leilão e o produto da venda é revertido. Leva um tempo, Poder Judiciário tem seus ritos, somente no final teremos esse ressarcimento”.

O promotor Marcos Alex é o titular da 30ª Promotoria, uma das três que atuam no Patrimônio Público. Foi coordenador do (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado) até o início de 2016. Após deixar o Grupo, assumiu cargo de Secretário-Geral do MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) e também atuou como coordenador do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) de 2016 a 2018.

A permanência no cargo é até abril de 2020. “O cargo tem designação de dois anos. Permaneço até abril de 2020. Não vou acompanhar a eleição municipal, vai ser outro colega. Temos desenvolvido alguns trabalhos, como o de caixa 2 e para explicar ao espectador, caixa 2 é uma fraude eleitoral. O candidato receber valores não declarados para usar em campanha, temos concluído as investigações”.

Acompanhe a entrevista ao vivo pela página do Facebook do Jornal Midiamax:

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