A incorporação dos R$ 200 de abono ao salário dos servidores públicos estaduais é uma ação tida como impraticável pelo secretário de Estado de Administração e Desburocratização, Roberto Hashioka. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (3) em entrevista ao .

De acordo com Hashioka, a incorporação de R$ 200 ao salário significaria um aumento de 13,3% no salário de alguém com proventos de R$ 1,2 mil. Assim, o índice a ser dado para os demais servidores também deve ser o mesmo.

“Não é possível por que tem efeito colaterais. Significa que você tem que pagar o mesmo percentual para quem ganha R$ 20 mil”, explica Roberto Hashioka. O valor de 13,3% sobre R$ 20 mil significaria um reajuste de R$ 2.600.

Ainda conforme o secretário, atualmente o Governo do Estado conta com 49.546 servidores, com média salarial de R$ 4.791. Já entre os mais de 20 mil inativos, o valor chega a marca de R$ 7.240. O valor total gasto com o pagamento do abono de R$ 200 gira em torno de R$ 7 milhões por mês.

Já quando questionado sobre a base salarial de servidores administrativos da educação, Hashioka explicou que ninguém recebe menos de um salário mínimo. Quando isso ocorre, na tabela, o valor é complementado até chegar ao mínimo, recebendo o servidor também o abono de R$ 200 e mais R$ 100 de auxílio alimentação.

“Dentro dos quase 6 mil servidores administrativos da educação, eles estão classificados entre R$ 1.074 e R$ 2,7 mil”, revela o secretário, que finalizou a explicação ressaltando, novamente, que a incorporação do abono geraria desequilíbrio nas finanças do Governo do Estado.

Veja abaixo a entrevista na íntegra: