Composto majoritariamente por deputados de primeiro mandato, o G-10 ampliou seu poder de negociação e pode ocupar três importantes cargos na nova composição da Mesa Diretora da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul).

Inicialmente, a ‘briga' era pela 1ª secretaria, segundo cargo mais visado entre os parlamentares e responsável pelas finanças da Casa, mas depois de “fazer as contas”, o grupo percebeu que não teria votos suficientes para substituir o atual ‘dono' do cargo, deputado reeleito (DEM).

“Prazo está próximo e resolvemos fazer contas. Percebemos que o grupo teria dificuldade e não iríamos conseguir os 13 votos”, explicou o deputado Herculano Borges (SD), único do G-10 com mandato em exercício.

Para o Herculano, que tem sido a voz do grupo na Assembleia, até o momento dois caminhos seriam possíveis, ou arriscar disputar a 1º secretaria contra Teixeira, ou sair em busca de “novos territórios”, sendo a segunda opção considerada mais “segura” pelo parlamentares.

“Conversamos com o [candidato à presidência da Casa de Leis com maior número de apoio declarados], solicitamos três cargos na Mesa e, caso fossemos atendidos, aceitaríamos participar de uma chapa única e aí comunicamos ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB)”, revelou Herculano, sobre encontros que aconteceram ontem, quarta-feira (24).

PT perdeu espaço

O acordo costurado com Corrêa garantiu, além de harmonia entre o G-10 e o veterano Teixeira, três dos principais cargos na nova composição da Mesa Diretora, 2ª secretaria, 2ª e 3ª vice-presidência, já que a 1ª deve ficar com o emedebista Eduardo Rocha. Os nomes já estão sendo ventilados, mas a definição só sai mesmo na próxima segunda-feira (28).

Com a escolha pela 2ª secretaria, responsável pela Comunicação das Casa de Leis, o G-10, em maior número, deve tirar o PT da disputa. O cargo até então era ocupado pelo deputado Amarildo Cruz, que não foi reeleito. Com baixa adesão em outubro, sigla perdeu metade da bancada e, consequentemente, seus poderes de negociação, perdendo espaço para outros pares.

Com os novos ‘poderes', o grupo deve, ainda, conseguir alavancar dois nomes nas comissões de Constituição, Justiça e Redação, Finanças e Orçamento e Serviço Público, Obras, Transporte, Infraestrutura e Administração. O G-10 é formado, além de Herculano, pelos deputados Lucas de Lima (SD), Evander Vendramini (PP), Gerson Claro (PP), Neno Razuk (PTB), João Henrique Catan (PR), (PSD), Antônio Vaz (PRB) e Renan Contar (PSL).