Há quatro anos, o então senador Delcídio do Amaral (PTC) perdia nas urnas a chance de governar Mato Grosso do Sul. Delcídio foi derrotado, no segundo turno, pelo atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB) mesmo depois de liderar várias pesquisas e vencer no primeiro turno. Para o ex-senador, um dos fatores que contribuiu para sua derrota é o mesmo adotado por Reinaldo durante a sua pré-campanha: alianças infladas.
Candidato à reeleição, Reinaldo vem enfrentando dificuldades em acomodar os aliados políticos na chapa tucana. A grande quantidade de candidatos para poucas vagas é reflexo do extenso arco de aliança fechado entre o PSDB e outros partidos. Alternativa encontrada foi criar uma ‘chapinha’, que abrigará políticos de partidos menores.
Essa mesma realidade viveu Delcídio em 2014. Ele afirmou ao Jornal Midiamax que com base em sua experiência, não repetiria o erro em fechar tantas alianças.
“Você ter um leque muito amplo de alianças é complicado. Eu falo isso pela minha experiência porque você dilui muito o conteúdo e o mérito do seu discurso. Confesso que a experiência comigo em 2014 não foi das melhores, eu não repetiria, não faria de novo”, disse Delcídio.
O ex-senador também afirmou que um dos problemas de alianças com vários partidos é infidelidade de alguns políticos, que acabam confirmando candidatura em uma composição ao mesmo tempo em que negociam com outra chapa.
“Cometi vários erros na minha campanha de 2014 e aprendi a lição. No começo você tem todos e no final acaba não tendo ninguém. Muitos políticos apoiam uma candidatura e já tem dobrada com outro, é muito complicado. Você desperdiça recursos preciosos”, completa Delcídio.
Depois de ser absolvido pela Justiça Federal, o ex-senador ainda estuda qual será seu futuro político em outubro. Mesmo se não se candidatar, Delcídio promete subir em palanque em outubro.
(Colaborou Ludyney Moura)
