Tema será discutido em na segunda-feira (16)

A extração do gás xisto, utilizado na geração de energia elétrica, pode causar inúmeros impactos ao meio ambiente. Em Mato Grosso do Sul, ao menos 17 municípios que compõem a Bacia Terrestre do Paraná podem sofrer esses impactos. O tema causa preocupação em diversas entidades e será debatido em audiência pública na Assembleia Legislativa na próxima segunda-feira (16).

Durante a extração do gás, segundo o autor do projeto, deputado Amarildo Cruz (PT), o solo é perfurado e causa faturamento hidráulico e diversos outros problemas ambientais, muitos dos quais irreversíveis. “Nós temos muita preocupação principalmente porque a população não está ciente do perigo”, afirmou o parlamentar, via assessoria.

A exploração do gás pode impactar os municípios de Água Clara, Anaurilândia, Angélica, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Campo Grande, Deodápolis, Ivinhema, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Santa Rita do Pardo, Taquarussu e Três Lagoas.

Além destes, outros nove municípios que compõem a bacia podem sofrer impactos, são eles Alcinópolis, Bandeirantes, Camapuã, Cassilândia, Chapadão do Sul, Costa Rica, Inocência, Rochedo e São Gabriel do Oeste.

A exploração da Bacia Terrestre do Paraná foi arrematada pela Petrobrás, após a 14ª rodada de leilões promovidos pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), em setembro de 2017.

Na audiência pública, estarão presentes representantes da ANP, Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), MPF (Ministério Público Federal), MPE-MS (Ministério Público Estadual), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ibama, MSGás (Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul).