O atual governador e candidato à reeleição, Reinaldo Azambuja (PSDB) tenta, na Justiça Eleitoral, a retirada de propaganda do candidato do PDT, Odilon de Oliveira, que cita fatos apurados durante a Operação Vostok, deflagrada pela Polícia Federal no início do mês, que teve o tucano, seu filho, deputado e a cúpula do governo como alvos.

A propaganda eleitoral em questão foi veiculada na última quarta-feira (19), em dois períodos. Nela, Odilon cita, além de crise ‘moral’ e de ‘honestidade’, suposto prejuízo de R$ 200 milhões aos cofres públicos.

A defesa de Reinaldo afirma que a mensagem, com duração de 56 segundos, teria sido ofensiva e difamatória, com objetivo de distorcer a realidade dos fatos e causar estados mentais no eleitorado, e pede a suspenção de sua veiculação.

O juiz Juliano Tannus, do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) não viu motivos suficientes para a retirada da propaganda, em caráter liminar. O magistrado diz, em despacho, que analisando previamente as imagens, pode observar conteúdos jornalísticos de diferentes jornais, relacionados à operação da PF.

“Frente a isso, não há que se concluir, inicialmente, que o material impugnado possa autorizar a retirada d do tempo do candidato Odilon de Oliveira do horário eleitoral gratuito em 56 segundos”, diz o despacho.

Apesar de negar a retirada imediata da propaganda, o magistrado ainda vai analisar o mérito do pedido e concedeu prazo de dois dias para ambos apresentarem defesa. Ao fim desse prazo, a PRE (Procuradoria Regional Eleitoral) deve emitir seu parecer.