
Durante a sessão desta quinta-feira (6) da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Paulo Siufi (MDB) trouxe à tona um assunto tratado como tabu por grande parte da sociedade, o suicídio. O parlamentar citou os altos índices de pessoas que tiram a própria vida e relacionou ao acolhimento familiar.
Por se tratar de motivação silenciosa, o parlamentar chamou a atenção para a retomada do afeto entre familiares e amigos de modo que cada indivíduo receba o acolhimento necessário para motivar sua existência.
“Esse desfecho nefasto pode ser evitado, na maioria das vezes, caso o indivíduo receba acolhimento ao sofrimento, carinho de amigos e atenção da família. A solução para evitar o suicídio é encontrar a motivação para viver. Não adianta somente ações de órgãos governamentais, mas de incentivos para sair da crise existencial”, lembrou Siufi.
Em aparte, o deputado Barbosinha (DEM) relacionou os índices com a maneira cuja qual se leva a vida. Segundo o parlamentar, com o passar do tempo, a sociedade naturalizou a cultura dos muros altos e da interiorização dos sentimentos, como uma forma de blindagem pessoal, o que só complica a situação.
“Por isso, é um problema de saúde coletiva, já que muitas pessoas são impactadas. Este tema é angustiante e necessita de reflexão, pois estamos elevando os muros e nos fechando interiormente”.
Líder do governo, Rinaldo Modesto (PSDB) cobrou atenção da sociedade para cada sinal de tristeza excessiva de um ente querido. “Para o suicida, a morte é a chance de resolução dos seus problemas, uma vez que o sofrimento pelo qual se encontra se mostra interminável. Precisamos ficar atentos a cada demonstração de tristeza e estender a mão neste momento”, completou.
No dia próximo dia 12, a Casa de Leis também promoverá uma audiência pública para discutir mecanismos de prevenção ao suicídio. O evento, proposto pela deputada Mara Caseiro (PSDB), acontece a partir das 14h.