Partido vai apoiar pré-candidatura à Presidência da República

O de Mato Grosso do Sul anunciou nesta segunda-feira (19) que não irá ter candidatos às eleições deste ano no Estado. O partido, que negociava as candidaturas ao governo do Estado e dizia ter um projeto de “candidaturas classistas” em todas as esteiras, tomou a decisão após reuniões neste fim de semana.

A decisão foi comunicada pelo militante Suél Ferranti (PSTU), que foi candidato a prefeito de nas últimas eleições municipais. A princípio, o PSTU negociava lançar como pré-candidatos o professor Marcos Monje (PSTU) ou o ex-carteiro Ederlon Ferra Correia (PSTU).

Porém, após as reuniões deste fim de semana os encaminhamentos mudaram. “Tendo em vista a reforma política que veio para caçar os partidos ideológicos, fazendo com que nós fiquemos sem fundo partidário, fica quase impossível para nós, que somos todos trabalhadores, lançar candidaturas em Mato Grosso do Sul”, disse Suél.

Com a reforma política aprovada em setembro, foi criada uma cláusula de barreira que exigia um desempenho mínimo para que os partidos recebam sua fatia do fundo partidário – uma cota de 1,5% do total de votos válidos distribuídos em 9 estados ou mais e, no mínimo, 1% dos votos válidos em cada Estado; ou nove deputados eleitos em nove Estados.

Ele explica que apesar do não lançamento de candidaturas, a executiva regional do partido irá trabalhar “de cabo a rabo” no Estado na campanha da pré-candidata à Presidência da República, a ativista sindical Vera Lúcia (PSTU), de Sergipe.

“Em Mato Grosso do Sul nosso voto é nulo. Só a nível federal nós vamos trabalhar”, diz Suél. Ele explica que a única possibilidade do partido de se eleger seria formando uma coligação classista, mas que outros partidos de esquerda, como PSOL e PCB, não estariam interessados.Sem fundo partidário, PSTU não lançará candidatos às eleições em MS

Pré-candidatura à Presidência

No início do mês, o PSTU lançou a pré-candidatura à Presidência da República da sapateira Vera Lúcia, ativista sindical de Sergipe. O candidato à vice-preisdente é o professor Hertz Dias, do Maranhão.

Véra Lúcia fez parte do PT até 1992, quando foi expulsa do partido junto de outros integrantes que fundaram posteriormente o PSTU. Junto com as pré-candidaturas, o partido socialista lançou um manifesto entitulado: “Um projeto de rebelião! Um projeto socialista”.

“As eleições não vão mudar a vida. Só uma revolução socialista, que liberte o país da dominação do imperialismo e ponha fim à grande propriedade capitalista, pode mudar o Brasil e a vida do nosso povo”, diz o manifesto.