Data de votação entre 19 e 20 de fevereiro

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que é “tudo ou tudo” pela aprovação da reforma da Previdência em fevereiro. Marun afirmou que a sua meta do dia é conquistar oito votos a favor da Proposta de Emenda à Constitucional (PEC), o que ele não acha pouco.Se reforma não passar, faremos administração de danos, diz Marun

Apesar do ceticismo em torno da aprovação da reforma, ele procurou manifestar confiança. “Falta pouco tempo até a data de votação entre 19 e 20 de fevereiro, mas falta pouco voto”, disse ele após participar de um café da manhã na Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig).

O ministro voltou a dizer que faltam cerca de quarenta a cinquenta votos e que só há plano “A” quando o assunto é reforma da Previdência. 

Durante a palestra, no entanto, ele destacou que, se a PEC não for aprovada, o governo passará para uma “política de administração de danos”. Questionado depois quais seriam as prioridades sem a aprovação da reforma, ele respondeu: “Só vamos discutir em março”.

O presidente Michel Temer reconheceu, em entrevista à emissora RedeTV veiculada na noite de segunda-feira, que, se a reforma da Previdência não for aprovada na Câmara dos Deputados em fevereiro, será difícil votá-la ainda neste ano, sendo necessário avançar para outras pautas.

“Qual é a nossa tese? Isso tem que ser votado, pelo menos em primeiro turno, até o final de fevereiro, começo de março. Se não for votado, daí realmente nós reconhecemos que fica difícil. E daí nós temos que ir para outras pautas”, disse Temer na entrevista, acrescentando que o governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estão trabalhando muito para votar a matéria neste mês.

Na véspera, Maia garantiu que a votação da reforma da Previdência vai ocorrer em fevereiro, acrescentado que, se o prazo para isso for ampliado, a proposta não será votada nunca.

Marun, que é deputado federal licenciado pelo MDB, disse que a proposta de reforma terá o seu voto: “Faço questão de ir lá votar”.

Paixão

Com autoestima nitidamente elevada, o ministro disse que é apaixonado por ele como político. “Votaria em mim”, disse ele. 

Marun, ponderou, no entanto, que não será candidato nas próximas eleições. Segundo ele, esse é um compromisso que assumiu com o presidente Michel Temer.