![Ruralista preterido para ministério diz que Tereza Cristina foi 'apoio de segundo tempo'](/media/uploads/legacy/2018/11/bolsonaro-1-320x162.jpg)
Apesar de consenso entre parlamentares ruralistas que integram a FPA (Frente Parlamentar Agropecuária), Tereza Cristina (DEM) no Ministério da Agricultura não agradou a ruralista amigo de três décadas do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Luiz Antonio Nabhan afirmou que a deputada de Mato Grosso do Sul foi um “apoio de segundo tempo” à campanha de Bolsonaro.
Nabhan participou de praticamente toda campanha eleitoral de Bolsonaro. Ele chegou, inclusive, a organizar roteiro do candidato do PSL em campanha política no interior de São Paulo.
A insatisfação de Nabhan se deu porque ele esperava ser o escolhido de Bolsonaro para comandar o ministério da Agricultura. Preterido, o ruralista de 60 anos e presidente da UDR (União Democrática Ruralista) falou ao UOL nesta quinta-feira (8) sobre o assunto.
“Apoiei o Bolsonaro desde o início. Nunca fui um apoio de segundo tempo. Venceu a força do poder político”, disse Nabhan. Na semana passada, quando ao que tudo indica já sabia que não seria o escolhido de Bolsonaro, o ruralista foi ao encontro do presidente eleito indicar deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) para a pasta. Mais uma vez sem sucesso.
“Agora a escolha da deputada Tereza Cristina pode ser que tenha algum tipo de frustração da base produtora, mas eu como presidente de uma entidade e como amigo do Bolsonaro entendo perfeitamente que é função dele escolher e estou torcendo para que dê certo”, completou.
Depois da escolha de Tereza Cristina e se sentindo frustrado, Nabhan disse ao UOL que deixará de ser figura “carimbada” ao lado de Bolsonaro para cuidar de suas fazendas no Mato Grosso.