Quarto bloco do Debate Midiamax tem confronto com tema livre entre candidatos
Fotos: Marcos Ermínio

(Com Alily Mary Dias e Ludyney Moura)

O quarto bloco tem rodada de perguntas com tema livre e um candidato sorteado para comentar o assunto. Na primeira delas, Reinaldo Azambuja (PSDB) perguntou para Marcelo Bluma (PV) e com comentários de Humberto Amaducci (PT) sobre geração de empregos. Como eles fariam para melhorar o desenvolvimento do Estado?

Quarto bloco do Debate Midiamax tem confronto com tema livre entre candidatos
Foto: Marcos Ermínio

Bluma destacou que primeiro é preciso fazer auditoria dos últimos 15 anos dos incentivos fiscais. “Não é justo que o cidadão pague imposto e aí quem deveria pagar não pagou. Com essas denúncias de propina incentivos fiscais não tem como o contribuinte dormir tranquilo. Se for para ficar maquiando propina, aí não dá para aceitar. Não tem jeito. Tem denúncia de incentivo até de farelo de milho rolando por aí. Precisamos moralizar administração pública”.

Amaducci afirmou que o Brasil não suporta mais a corrupção. “Mas definha porque falta responsabilidade da administração pública. Eu considero fundamental até para tirar todas as dúvidas que pairam sobre a JBS. Mas outra coisa importante é investir forte e cooperativismo, fazer com que o homem do campo receba incentivos para poder produzir o doce de leite junto com seus filhos, produzir coisas do campo”.

Bluma concordou com o posicionamento do petista. “Por que não dar então incentivo fiscal pro pequeno agricultor? Esse que tá aí tem que se lascar? Na construção civil não tem nenhum grande programa habitacional, com imposto caro não tem apoio nenhum”.

Na segunda pergunta, João Alfredo (Psol) pediu para o Juiz Odilon (PDT) e Reinaldo Azambuja (PSDB) comentarem sobre o salário de professores e do administrativo. Alfredo afirma que existem informações erradas de campanha de que o salário do professor no Estado é o maior do país.

Odilon afirmou ter sido alfabetizado com 17 anos e que o conhecimento é fundamental para todos. “Conheço as 96 escolas municipais, dando palestra para retribuir parte daquilo que eu devo. O administrativo ganha R$ 900 por mês. Se tiver nível superior, R$ 1,1 mil. É uma desconsideração. O Estado de MS não paga o maior salário de professore. Quem paga é um Estado mais pobre, R$ 5.750 e quem é que dirige? Flávio Dino, meu colega de magistratura, saiu e é governador que será reeleito”.

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Reinaldo rebateu as informações. “Quem vem ao debate tem que vir com conhecimento. Para toda a categoria, quem paga o maior é o nosso Estado. Maranhão paga isso para uma minoria. Avançamos com tecnologia nas escolas, matrícula digital. Das 366 escolas, mesmo enfrentando a crise, 246 passaram por melhorias. Entregamos centros profissionalizantes”.

Na réplica, Odilon disse que o Ensino Médio é de responsabilidade direta do Estado, ‘e caíram nas notas divulgadas pelo Ideb hoje'. A Fetems cita R$ 3701 salário. Na realidade, o salário do professor não chega ao salário que é pago pelo juiz federal Flávio Dino no Maranhão”.

Quarto bloco do Debate Midiamax tem confronto com tema livre entre candidatosTerceira e quarta pergunta Em seguida, o sorteio definiu Juiz Odilon para perguntar, e Humberto Amaducci para responder, com comentário de Junior Mochi. O pedetista citou que quase 3 mil empresas fecharam as portas em MS, e questionou sobre projeto de desenvolvimento econômico para o Estado. Cooperativismo e associativismo, investir na economia solidária, e em pequenas e médias empresas. Vamos investir no grande, incentivo e apoio, com fiscalização. Para que o pequeno cresça, e que o médio empresário se torne grande.

Mochi teceu comentários atrelado a questões tributárias. “Entendo que além de incentivos (fiscais), com fiscalização, temos que pensar nos investimentos para o micro e pequeno empresário, vinculando incentivo à criação de emprego”, disse o emedebista. O petista disse que por todo Estado há um sentimento de inoperância do governo tucano. “Precisamos democratizar o orçamento e radicalizar na participação popular”.

Quarto bloco do Debate Midiamax tem confronto com tema livre entre candidatosNa quarta pergunta, Junior Mochi perguntou a João Alfredo, com comentário de Marcelo Bluma. A questão foi sobre logística e infraestrutura. Danieze disse que há 141 rodovias estaduais com 14,4 mil km de rodovias em MS, entre pavimentas e não pavimentadas. “Temos ferrovia parada há vários anos. Não houve uma vontade política do governo do Estado para mudar essa realidade”, pontuou. Ele ainda destacou que a arrecadação de R$ 700 milhões do Fundersul não são aplicados corretamente, além de serem gerenciados por um comitê, e afirmou que a ‘Agricultura Familiar' não foi lembrada no governo de Reinaldo.

E, por fim, disse que é preciso ir atrás da RUMO, concessionária da ferrovia, para que ela volte a operar. Bluma comentou que a lei de criação do Fundersul nasceu para atender estradas vicinais, Assembleia alterou a lei para permitir que recurso pudesse ser usado em recapeamento em área urbana. Retomar isso para fazer justiça ao produtor rural. João Alfredo destacou que é preciso retomar o funcionamento da malha ferroviária. Disse que não houve incremento em logística. “Precisamos fazer com que recursos cheguem realmente a quem precise”, disse o Psolista.